terça-feira, 29 de junho de 2010

OS DEZ MANDAMENTOS DA TERCEIRA IDADE


1º - Não se aposente da vida pra se tornar a praga da família. A vida é atividade, e o verdadeiro elixir da eterna juventude é o dinamismo. Não despreze as ocupações enquanto tiver energia para as lutas cotidianas.

2º - Seja independente e preserve a sua liberdade, mesmo que seja dentro de um quartinho. Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta dos pés, pra evitar atritos com noras, genros, netos e outros parentes.

3º - Mantenha o governo da sua própria bolsa. Ajude os seus filhos financeiramente, na medida das suas posses; reserve uma parte para emergências, e lembre-se de que um filho ambicioso pode ser mais temível que um inimigo.

4º - Cultive a arte da amizade como se fosse uma planta rara, cercando os familiares de cuidados, como se fossem flores. Se a sua memória estiver falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das suas vidas, e compartilhe com eles a alegria de estar presente.

5º - Cuide da sua aparência e seja o mais atraente possível. Não seja um daqueles velhos relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na roupa, que revelam o cardápio da semana. Nunca despreze o uso de água e sabão.

6º - Seja cordial com os seus vizinhos. Evite implicar-se com o latido do cachorro, o miado do gato, o lixo fedorento na calçada ou o volume do rádio. Um bom vizinho é sempre um tesouro, especialmente se os parentes morarem distantes.

7º - Cuidado com o nariz, e não se intrometa na vida dos filhos adultos. Eles são seres com cérebro, coração, vontade, e contam com muitos anos para cometerem os seus próprios erros.

8º - Fuja do vício mais comum da velhice, que é a "presunção". A longa vida pode não lhe ter trazido sabedoria. Há muitos que chegam ao fim da jornada, tão ignorantes como no início dela.
Deixe que a "humildade" seja a sua marca mais forte.

9º - Os cabelos brancos não lhe dão o privilégio de ser ranzinza e inconveniente. Lembre-se de que toda paciência tem limite, e que não há nada mais desagradável do que alguém desejar a sua morte.

10º - Não seja repetitivo, contando a mesma história três, quatro, cinco vezes. Quem olha só para o passado, tropeça no presente e não vê a passagem para o futuro.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

SONEGAÇÃO DA TERNURA

“inútil é rolar em descaminho/ e ao desencanto de si mesmo opor/ a suavidade mansa de um carinho/ e o vício sensual do próprio amor.// é desencanto vão andar sozinho/ por estradas de ódio ou de rancor./ é preciso saber ser o caminho/ para as sombras do antigo desamor.// inútil aprender o desencanto/ da chuva estagnada em nosso pranto/ sem roubar do horizonte céus secretos:// há um caminho de sal e onda, impreciso,/ entre a algidez de areia do teu riso/e a brancura hibernal dos meus sonetos”.

(Soneto de Alzira Pacheco, in “Sonegação de Ternura” (1968), Livraria 4 Artes Editora).

Trata-se do segundo livro de poemas da poetisa Alzira Pacheco Lomba Kotona, figura das mais respeitadas, na região do Vale do Ribeira/SP, tanto na Literatura como no Direito. O livro recebeu menção honrosa no “Prêmio Governador do Estado”, em 1965. Arquiteta sem comparação na Arte Real de sutilmente maquinar versos justos e perfeitos. Minha amiga Alzira Pacheco apresentou, nessa obra, uma bela seleção de poemas, que nos levou ao delírio, à reflexão, ao encanto. Percebeu que neste soneto, todo ele foi escrito em letras minúsculas?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

MAÇONARIA DO CABO SOLIDÁRIA


A Loja Maçônica Alvorada da Paz nº 10 Cabo de Santo Agostinho-PE, sensibilizada com a situação que passam mais de 40 mil pernambucanos atingidos pelas chuvas, convoca as demais Lojas e Sociedades Maçônicas do Estado de Pernambuco a participarem de uma rede de solidariedade em prol dos desabrigados.

Vários pontos de coleta na capital e no interior do Estado estão recebendo donativos para as vítimas. Quem quiser ajudar pode doar alimentos não perecíveis, água mineral, colchões, lençóis, material de limpeza, produtos de higiene pessoal, roupas e sapatos infantis.

Participe e ajude a quem precisa!

CONFIRA OS LOCAIS DE DOAÇÃO NO ESTADO:

Assembleia Legislativa

Rua da Aurora

BOMPREÇO

Os donativos devem ser entregues nas lojas Hiper Bompreço de Boa Viagem, Av. Recife e Casa Forte.

Sistema Jornal do Commercio de Comunicação

CABO DE SANTO AGOSTINHO

Loja Maçônica Alvorada da Paz nº10

Rua Joaquim Nabuco , 28 Centro Cabo/PE

SEMEC SERVIÇO MÉDICO DO CABO

Av Presidente Vargas 540 Centro Cabo/PE

IGREJA BATISTA DA COHAB

Sob a coordenação do Pastor Erivaldo da Cohab, Cabo/PE

CARUARU

Sistema Jornal do Commercio em Caruaru - Av. José Pinheiro dos Santos, 351 - Caiucá

Conselho Regional de Enfermagem

Rua Barão de São Borja, 243 Recife - PE, 50070-310

Faculdade Joaquim Nabuco

Av. Senador Salgado Filho S/N - Centro - Paulista/PE - CEP: 53.401-440 RECIFE: Av. Guararapes, 233 - Centro - Recife/PE

Faculdade Maurício de Nassau

Rua Guilherme Pinto, 114 - Graças

Rua Fernandes Vieira, 110 - Boa Vista

Federação Espírita de Pernambuco

Av. João Barros, 1629 - Recife - PE, 52021-180

GARANHUNS

Rádio Jornal Garanhuns - Av. Rui Barbosa, s/n - Heliópolis

IASC

Rua Imperial, 202, Bairro do Recife

Instituto Federal de Pernambuco

Todos os campos do Instituto nas cidades do Recife, Ipojuca, Belo Jardim, Vitória, Pesqueira e Barreiros. Informações: (81) 2125-1639.

Instituto Pró-Cidadania

Rua Castro Alves, 343 - Encruzilhada - Recife/PE

OAB-PE

Rua do Imperador Pedro II, 235, Santo Antônio

Pátio de São Pedro

Bairro de São José - Centro

PESQUEIRA

Rádio Jornal Pesqueira - Av. F. Pessoa de Queiroz, s/n - Pesqueira

Prefeitura do Recife

Av. Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife

Quarteis da PM (interior)

Quartel do Corpo de Bombeiros

Av. João de Barros, 399

Quartel da PM no Recife

Bairro do Derby

RECIFE

Portarias do Sistema Jornal do Commercio

Rua Capitão Lima, 250 Santo Amaro e Rua da Fundição, 257 - Santo Amaro

Loja de Serviço do JC - Rua Siqueira Campos 160 / Loja 05 - Santo Antônio

Sítio da Trindade

Estrada do Arraial

Subseccional da OAB de Caruaru

Rua Cônego Júlio Cabral, 267, Bairro Universitário
________________________________________

TELEFONES ÚTEIS:

CODECIPE: 199
Fone: (81) 3181.2490

CORPO DE BOMBEIROS: 193

terça-feira, 22 de junho de 2010

FERNANDO PESSOA


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreenções e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “não“.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo.”

Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935, Lisboa), poeta e escritor português. Pessoa é considerado junto de Luís Vaz de Camões um dos mais importantes poetas de língua portuguesa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

TUA CAMINHADA...

Tua caminhada ainda não terminou....

A realidade te acolhe dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.

Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Se não consegues entender
que o céu deve estar dentro de ti,
é inútil buscá-lo acima das nuvens
e ao lado das estrelas.

Por mais que tenhas errado e erres,
para ti haverá sempre esperança,
enquanto te envergonhares de teus erros.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.

A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.

Teus passos ficaram.

Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

- Charles Chaplin –

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O ADEUS AO NOBEL DE LITERATURA


Morreu nesta sexta-feira (18) em Lanzarote (Ilhas Canárias, na Espanha), o escritor português José Saramago, aos 87 anos. Em 1998, Saramago ganhou o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa. A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 (horário local, 7h30 em Brasília) na residência dele em Lanzarote, onde morava desde 1993, "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".


Nos últimos anos, o escritor foi hospitalizado várias vezes, após sofrer uma grave pneumonia no final de 2007 e início de 2008.
O velório de José Saramago será realizado a partir das 17h no horário local (13h em Brasília) em Tías, na ilha de Lanzarote. A solenidade será na biblioteca Tías, que leva o nome do escritor.

Saramago publicou no final de 2009 seu último romance, "Caim", obra com um olhar irônico sobre o Velho Testamento e, por isso, muito criticada pela Igreja. Ateu e comunista, o escritor nasceu em 16 de novembro de 1922, em Azinhaga, uma aldeia ao sul de Portugal. Filho de agricultores sem terra que imigraram para Lisboa, abandonou a escola aos 12 anos para receber formação de serralheiro, um ofício que exerceria durante dois anos. Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou ainda como mecânico, desenhista industrial e gerente de produção em uma editora. Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. Voltou a publicar livro de poemas em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no "Diário de Lisboa". Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal "Diário de Notícias". A partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, considerado por críticos como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois.
Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português -- o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, onde viveu até hoje.
Entre seus outros livros estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).
O livro Ensaio sobre a Cegueira (1995) foi transformado em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles em 2008.
"A COMUNIDADE LITERÁRIA ESTÁ DE LUTO"

quinta-feira, 17 de junho de 2010

DESAFIOS


“A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho”. Seu coração trepidava com emoções conflitantes enquanto sentia a resistência deles. 'Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair? ' – pensou. Esta pergunta eterna estava sem resposta para ela.

Como na tradição da espécie, seu ninho localizava-se no alto de uma saliência, num rochedo escarpado. Abaixo, havia somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes. A despeito de seus medos, a águia sabia que era tempo. Sua missão materna estava praticamente terminada. Restava uma última tarefa: o empurrão. A águia reuniu coragem através de uma sabedoria inata. Enquanto os filhotes não descobrissem suas asas, não haveria objetivos em suas vidas. Enquanto não aprendessem a voar, não compreenderiam o privilégio de terem nascido águias. O empurrão era o maior presente que a águia-mãe tinha para dar-lhes, era seu supremo amor. “E por isso, um a um, ela empurrou, e todos voaram.” (Autor desconhecido)

Todos nós somos seres dotados de capacidades potenciais que podem ser desenvolvidas e aprimoradas. Muitas vezes, esse potencial só é desenvolvido quando nos deparamos com uma situação difícil, que nos impõe uma postura mais arrojada. Por isso, mesmo que você se depare com dificuldades ao longo do curso, persista no seu objetivo. Assim como os filhotes da águia, é preciso vencer as dificuldades e os medos, para depois voar. Um T.'.F.'.A.'.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ACERCA DA AURA


Para alinhar algumas notas acerca da aura humana, recordemos o que seja irradiação, na ciência atômica dos tempos modernos.

Temo-la, em nossas definições, como sendo a onda de forças dinâmicas, nascida do movimento que provocamos no espaço, cujas emanações se exteriorizam por todos os lados.
Todos os corpos emitem ondulações, desde que sofram agitação ou que a produzam, e as ondas respectivas podem ser medidas pelo comprimento que lhes é característico, dependendo esse comprimento do emissor que as difunde.

A queda de um grânulo de chumbo sobre a face de um lago estabelecerá ondas diminutas no espelho líquido, mas a imersão violenta de um calhau de grandes proporções criará ondas enormes.
A quantidade das ondas formadas por segundo, pelo núcleo emissor, é o fenômeno que denominamos frequência, gerando oscilações eletromagnéticas que de fazem acompanharem da força de gravitação que lhes corresponde.
Assim é que cada corpo em movimento, dos átomos às galáxias, possui um campo próprio de tensão e influência, constituído pela ondulação que produz.

Para imaginarmos o que seja um campo de influência, figuremo-nos uma lâmpada vulgar. Toda a área de espaço clareada pelos fótons que arroja de si, expressa o campo que lhe é próprio, campo esse cuja influência diminui à medida que os fótons se distanciam do seu foco gerador, fragmentando-se ao infinito.
Qual ocorre com a matéria densa, sob estrita observação científica, nosso espírito é fulcro de criação mental incessante, formando para si mesmo um halo de eflúvios eletromagnéticos, com o teor de força gravitativa que lhes diz respeito.
Nossos pensamentos, assim, tecendo a nossa auréola de emanações vitais ou a ondulação que nos identifica, representam o campo em que nos desenvolvemos.
Mas se no físico a agitação da matéria primária pode ser instintiva, no plano da inteligência e da razão, em que nos situamos, possuímos na vontade a válvula de controle da nossa movimentação consciente, auxiliando-nos a dirigir a onda de nossa vida para a ascensão à luz, ou para a descida às trevas.

Sentimentos e ideias, palavras e atos são recursos íntimos de transformação e purificação da nossa esfera vibratória, de conformidade com a direção que lhes imprimimos, tanto quanto as dores e as provas, as aflições e os problemas são fatores externos de luta que nos impelem a movimento renovador.
Sentindo e pensando, falando e agindo, ampliamos a nossa zona de influência, criando em nós mesmos a atração para o engrandecimento na Vida Superior, ou para a miséria na vida inferior, segundo as nossas tendências e atividades para o bem ou para o mal.
Enriqueçamo-nos, pois, de luz, amealhando experiências santificantes pelo estudo dignamente conduzido e pela bondade construtivamente praticada.

Apenas dessa forma regeneraremos o manancial irradiante de nosso espírito, diante do passado, habilitando-nos para a grandeza do futuro.
Constelações e mundos, almas e elementos, todos somos criações de Deus, adstritos ao campo de nossas próprias criações, com o qual influenciamos e somos influenciados, vivendo no campo universal e incomensurável da Força Divina.

Se nos propomos, desse modo, aprimorar nosso cosmo interior, caminhando ao encontro dos tesouros de amor e sabedoria que nos são reservados, sintonizemos, no mundo, a onda de nossa existência com a onda do Cristo, e então edificaremos nas longas curvas do tempo e do espaço o atalho seguro que nos erguerá da Terra aos píncaros da gloriosa imortalidade.

(Do livro “Vozes do Grande Além”, F. Labouriau, 22 de setembro de 1955, Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 15 de junho de 2010

A PEDRA


O distraído nela tropeçou...

O bruto a usou como projétil.

O empreendedor, usando-a, construiu.

O camponês, cansado da lida, dela fez assento.

Para meninos, foi brinquedo.

Drummond a poetizou.

Já, Davi, matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...

E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!

Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.

Independente do tamanho das pedras, no decorrer de sua vida. não existirá uma, que você não possa aproveitá-la para seu crescimento espiritual. Quando a sua pedra atual, tenho certeza que Deus o Grande Arquiteto do Universo irá te dar sabedoria, para mais tarde você olhar para ela, e ter orgulho da maravilhosa experiência que causou em sua vida, no seu crescimento espiritual.

Autor Desconhecido

domingo, 13 de junho de 2010

VIVER


Viver, aqui ou lá, entre estrelas ou no sumo da terra... não importa. Viver é o importante.


Importa que meus olhos contemplem a honestidade e se compadeçam dos que miram na indecência, na negação, no domínio de mentes e corações. São escravos da morte.

Viver nestas plagas ou nas vertentes do invisível, eis o premio entregue pelo Senhor dos Mundos.

Viver, ainda que tropeços e becos aparentemente sem saída vitimem os meus pés. Não importa. Viver é como o beijo nos lábios mais ansiados, é como o abraço na alma mais desejada, um toque no coração que se derrama em saudade.

Viver é ter a paixão do Bem, da coragem e da certeza de ser feliz.

Frederico Menezes é membro da Academia Cabense de Letras.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

DEFICIÊNCIAS



Mario Quintana (escritor gaúcho *30/07/1906 +05/05/1994) .



"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A PLENITUDE APÓS OS 50 ANOS


Após completarem 50 anos de idade, as pessoas se tornam mais felizes, menos estressadas e passam a se sentir melhor. Isso é o que sugere um estudo americano publicado esta semana no Proceedings of the National Academy of Sciences. Avaliando os dados de mais de 340 mil pessoas entrevistadas por telefone, especialistas da Universidade Stony Brook descobriram que a sensação de bem estar melhora quando as pessoas passam pela meia idade.

De acordo com os autores, emoções como a raiva, a preocupação, o estresse e a tristeza variam por idade de forma similar entre homens e mulheres, embora elas sejam mais vulneráveis a esses sentimentos do que eles. O estudo mostrou que essas emoções declinam após o início dos 20 anos, mas as pessoas com mais de 50 é que demonstram menos estresse e mais bem estar, independentemente de fatores como ter filhos pequenos, estar desempregado ou ser solteiro.

Os especialistas explicam que o fato de as pessoas mais velhas se sentirem mais felizes e relatarem maior bem estar pode ser explicado pela experiência: “com a idade, aumenta a sabedoria e a inteligência emocional”. Além disso, segundo os autores, os mais velhos “se recordam menos de memórias negativas do que os adultos jovens”, fazendo com que seja mais fácil controlar seus sentimentos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O COPO D'ÁGUA


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d‘água e bebesse.

- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.

- "Ruim " disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:

- "Beba um pouco dessa água".

Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- "Qual é o gosto?"

- "Bom!" disse o rapaz

.- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?

- "Não" disse o jovem.


O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo.

Torne-se um lago...

"Confúcio"

segunda-feira, 7 de junho de 2010

HUMANIZAR RECIFE

"Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, mas não tiver amor, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. E se eu possuir o dom da profecia, conhecer todos os mistérios e toda a ciência e tiver tanta fé que chegue a transportar montanhas, mas não tiver amor, eu nada sou. E se eu repartir todos os meus bens entre os pobres e entregar o meu corpo ao fogo, mas não tiver amor, nada disso me valerá.”
(Paulo de Tarso, Coríntios I)


Em agosto, você será convidado a um encontro carinhoso consigo e com o mundo que o cerca.




domingo, 6 de junho de 2010

ESPERANÇA

De vez em quando paramos tudo, suspiramos e refletimos com o suporte infalível da "Esperança". Ela que quebra paradigmas, que mostra o novo e clama todos a uma vida melhor. Com vocês a Banda de Pau & Corda viabilizando essa antiga "Esperança".



Intro.: Em D#° (Em A7 Em A7)



Em A7 D#° Em A7 Em A7

Quem nunca viu regar uma plantação

Em A7 D#° B7

Há rios de suor neste nosso chão

Em A7 D#° Em A7 Em A7

Se a chuva não caiu do lado de cá

Em A7 D#° B7

Regar com a água do corpo e não esperar


Em D#° Em

O tempo aqui não mudou,

D#° Em B7

Só o vento soprou devagar

Em D#° Em

Pra que esperar se não vem

D#° Em B7

Pra que dar se não tem nem pra olhar



C/G D/F# C/E

Mas há de vir tempo bom,

G C D/F#

aliviando essa dor

C/G D/F# C/E

Pois quem cultiva a esperança,

G C D/F#

rega em seu peito uma flor


Em D#° Em

Lá lá lá ia, lá lá ia,

D#° Em B7

lá lá ia, lá lá ia, lá lá ia

Em D#° Em

Lá lá lá ia, lá lá ia,

D#° Em B7

lá lá ia, lá lá ia, lá lá iá


C/G D/F# C/E

Mas há de vir tempo bom,

G C D/F#

aliviando essa dor

C/G D/F# C/E

Pois quem cultiva a esperança,

G C D/F#

rega em seu peito uma flor
 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

EM DEFESA DA TAMARINEIRA


Estamos divulgando o próximo evento promovido pelo Movimento Amigos da Tamarineira, em defesa da Tamarineira enquanto espaço público, de saúde, e enquanto importante espaço de preservação histórico,cultural e ambiental.


No póximo sábado, dia mundial do meio ambiente, a partir das 9hs, estaremos comemorando o dia, com uma programação que inclui feira de orgânicos, a apresentação da Orquestra Cidadã Meninos do Coque, Plantio de Árvores, e trabalhos com a artista plástica Cristina Machado.

SEXTA DE LETRAS

Realização: Academia Cabense de Letras

O Projeto da Academia Cabense de Letras promoverá reuniões abertas ao público, na primeira sexta-feira de cada mês, a partir de 2 de julho de 2010, sempre a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo.

Cada reunião do Projeto Sexta de Letras terá um tema específico, podendo ser um autor ou uma obra, que será apresentado por um dos membros, seguindo-se o debate com a intervenção dos demais acadêmicos.

A princípio, a Academia Cabense de Letras já programa para as reuniões abertas:


Tema: A Obra de Alberto da Cunha Melo

Apresentador: Ivan Marinho


Tema: Graciliano Ramos

Apresentador: Douglas Menezes


Tema: A obra de Alfredo Miguel

Apresentador: Frederico Menezes


Tema: A Obra de Israel Felipe

Apresentador: Milton Lins

quarta-feira, 2 de junho de 2010

HINO OFICIAL DA COPA DO MUNDO 2010



                                      Se é vida, se é arte, se é cultura, sempre estaremos presentes...


O Hino Oficial da Copa do Mundo de 2010 que será realizada na África, foi lançado na última quinta feira e, desde então,Waka Waka - Time for Africa cantada pela colombiana Shakira junto com a banda sul-africana Freshlyground, vem sendo executada sem parar pelas rádios sul-africanas.

Esta situação tem provocando uma polêmica.Alguns pensam que o hino oficial da primeira copa no continente africano deveria ser cantada por algum artista sul-africano, porém para outros, isso não é problema pois acham que estrelas como Shakira dão ainda mais prestígio ao evento.

Aquí está o Waka Waka - Time for Africa, que será cantado por Shakira na abertura oficial da Copa do Mundo no dia 11 de junho em Johannesburgo.

Em dois idiomas para você acompanhar.


[Waka waka (Dessa vez é pela África)]


Você é um bom soldado

Escolhendo suas batalhas

Levante-se

Sacuda a poeira

E volte ao caminho


Você está na linha de frente

Todos estão olhando

Você sabe que é sério

Estamos nos aproximando

Ainda não é o fim


A pressão aumenta

Você sente

Mas você tem o que precisa

Acredite


Quando você cair, levante

Oh, oh..

E se você cair, levante

Oh, oh...


Tsamina mina

Zangalewa

Pois essa é a África


Tsamina mina eh eh

Waka Waka eh eh


Tsamina mina zangalewa

Anawa aa

Dessa vez é pela África


Ouça o seu deus

Esse é o nosso lema

É a sua hora de brilhar

Não espere na fila

E vamos por todos


As pessoas estão aumentando

Suas expectativas

Vá em frente e as alimente

Este é o seu momento

Sem hesitar


Hoje é o seu dia

Eu sinto

Você preparou o caminho

Acredite


Se você cair, levante

Oh, oh...

E quando você cair, levante

Oh, oh...


Tsamina mina zangalewa

Anawa aa

Dessa vez é pela África


Tsamina mina eh eh

Waka Waka eh eh


Tsamina mina zangalewa

Anawa aa


Tsamina mina eh eh

Waka Waka eh eh

Tsamina mina zangalewa

Dessa vez é pela África


Waka Waka (Esto es África)


Llegó el momento, caen las murallas

Va a comenzar la unica justa de la batallas

No duele el golpe, no existe el miedo

Quitate el polvo, ponte de pie y vuelves al ruedo


Y la presión que sientes

Espera en ti, tu gente!

Ahora vamos por todo

y te acompaña la suerte


Samina mina sam Zangaléwa

Porque esto es África


Samina mina ¡eh! ¡eh!

Waka Waka ¡eh! ¡eh!

Samina mina sam Zangaléwa

Porque esto es África


Oye tu dios

y no estarás solo

llegas aqui para brillar

lo tienes todo


la hora se acerca

es el momento

Vas a ganar cada batalla

ya lo presiento


Y que empezar de cero

para tocar el cielo

Ahora vamos por todos

Y todos vamos por ellos


Samina mina sam Zangaléwa

Porque esto es África

O ARAUTO DE CRISTO

Antonino Oliveira Júnior (Ao Pastor Erivaldo Alves)

O seu andar simples,

A sua vida despojada,

O seu abraço sincero,

O sorriso abrangente,

Expressam a humildade

De quem traz as boas novas,

A palavra que soa doce,

O acalanto que acolhe.

De sua vida descalça

Brotam gestos

Que nos falam de amor,

De um amor que enraíza

E dá seiva e força à sua árvore,

A árvore de seu rebanho.

Mas, dessa vida descalça

Brotam gestos outros

Que falam de amor,

De um amor que acolhe,

Que dá sombra e frutos

Aos que perecem sob o sol escaldante

Das injustiças, da sede e da fome

De água, de comida e de Deus.

De sua vida descalça

Brotam gestos

Que nos falam de amor

Do amor dos arautos

Das Boas-Novas,

De Jesus Cristo.
 
Antonino de Oliveira e o Pastor Erivaldo Alves são membros da Academia Cabense de Letras.

terça-feira, 1 de junho de 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

CHOPP

Carlos Pena Filho



Na avenida Guararapes,

o Recife vai marchando.

O bairro de Santo Antonio,

tanto se foi transformando

que, agora, às cinco da tarde,

mais se assemelha a um festim,

nas mesas do Bar Savoy,

o refrão tem sido assim:

São trinta copos de chopp,

são trinta homens sentados,

trezentos desejos presos,

trinta mil sonhos frustrados.

Ah, mas se a gente pudesse

fazer o que tem vontade:

espiar o banho de uma,

a outra amar pela metade

e daquela que é mais linda

quebrar a rija vaidade.

Mas como a gente não pode

fazer o que tem vontade,

o jeito é mudar a vida

num diabólico festim.

Por isso no Bar Savoy,

o refrão é sempre assim:

São trinta copos de chopp,

são trinta homens sentados,

trezentos desejos presos,

trinta mil sonhos frustrados




sexta-feira, 21 de maio de 2010

OS ESCRAVOS




Numa iniciativa do Núcleo de Cultura e Cidadania da Secretaria de Educação de Jaboatão dos Guararapes, Antonino Oliveira Júnior esteve em 20/05 na Escola Luiz Gonzaga Maranhão, em Jaboatão-Centro, lançando seu mais recente trabalho "OS ESCRAVOS -Um poema para ser encenado", dentro do Gíro Literário, que acontece na rede municipal de ensino daquele município.

Na oportunidade, Antonino Oliveira Júnior falou sobre Joaquim Nabuco, tendo como base o texto do abolicionista:

"Não adianta a abolição se não destruirmos a obra da escravidão".

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Nesta sexta, primeira Prévia Fliportiana‏

CONFLUÊNCIA POÉTICA



PELAS RUAS DA CIDADE
Por Tereza Soares
(Dedicada ao meu velho-novo eterno amigo Fred Menezes)

Pelas ruas da cidade...eu encontro com uma pequena luz...luzinha infinita e cor...bonita e feliz de se ver...pelas ruas da cidade...eu encontro com um iluminador...um oculto amigo que me segreda coisas que eu já sei de cor...

Pelas ruas da cidade...eu vejo aquele semeador...há quem olhe e não veja...há quem veja e não sinta...há quem nem saiba sua dor...mas aquele ser para mim quase finda minha sagrada angústia...despertando o novo e o velho propósito...de ver o mundo melhor...



FREDERICO MENEZES RESPONDE:
(Pra você, amiga Tereza. Beijos molhados de luz, do seu irmão Fred)


Fui abraçado pelo vasto sorriso do futuro. Um lindo brilho da transcendência.

Ele me falou, em sua linguagem de estrelas, sobre o mundo que sonhamos.

Tinha olhos este sonho e cintilava como se daqui não fosse...


Tinha voz esta cintilação, que nascia do seu coração em festa

Tinha leveza esperança esta festa, que parece não se encaixar neste mundo...

Esta leveza estava vestida de mulher e vi que ela era tecida de névoa, sonhando pelas singelas ruas da minha cidade.

* Frederico Menezes e Tereza Soares são membros da Academia Cabense de Letras.

terça-feira, 18 de maio de 2010

"SER FELIZ OU TER RAZÃO?"

Para reflexão...

Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais frequência: 'Quero ser feliz ou ter razão?' Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam. Passe esta mensagem aos seus amigos, para ver se o mundo melhora... Eu já decidi... EU QUERO SER FELIZ e você?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

QUANDO LIBERDADE?

Vera Rocha Vendido qual cereal, para quem? Interroga alguém. Este é meu, não abro mão E começa a via crucis. Trabalho duro, Direitos nenhum... Chicotes nas costas a malhar Cresce a revolta e a angústia. E um dia a rebeldia chega A fuga é a solução. Noite escura tal qual pele e alma Tolhido pelo capataz, liberdade sumia Ali estendido, corpo retalhado pelo chicote Vi com os olhos d`alma Que agora era liberta Da matéria grosseira em que vivia. Voltaria pela misericórdia Divina A palmilhar esta esfera. Agora, pele branca e Senhor, Mas outra vez escravo. Quem diria! Não mais o chicote, não mais as correntes Não mais a submissão, liberdade aparente, Escravo hoje de si mesmo, de suas imperfeições Escravo! Por que não? Acaso não é o homem escravo: Do poder, do vício, do dinheiro Do egoísmo, da vaidade? Quando liberdade? Vera Rocha é professora da Rede Municipal de Ensino e membro da Academia Cabense de Letras.

TON SEVERO

Tereza Soares Dedicada ao poeta e amigo Ton Severo Em tom severo e doce ouço a voz da inquietança, em sua música suave se enriquecem meus sentidos, retirando-me sombrias lembranças de algozes meus antigos perpetuando-me o afeto que antes recolhemos em campos semeados de dor, mas sempre regados com amor. *Tereza Doares é membro da Academia Cabense de Letras

sexta-feira, 14 de maio de 2010

CELINA DE HOLANDA


Jornalista e poeta, Celina de Holanda Cavalcanti de Albuquerque nasceu no município do Cabo, a 19/06/1915, tendo depois se transferido para o Recife, onde atuou na imprensa.

Publicou seus primeiros poemas nos suplementos literários do Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco e o primeiro livro (O Espelho e a Rosa) foi editado quando ela tinha 55 anos de idade.

Além de participar de várias coletâneas (Palavra de Mulher, A Cor da Onda por Dentro, Antologia Didática de Poetas Pernambucanos, entre outras), sua obra é composta pelos seguintes livros:

O Espelho e a Rosa (1970); A Mão Extrema (1976); Sobre Esta Cidade de Rios (1979); Roda D'água (1981); As Viagens (1984); Pantorra, o Engenho (1990); Viagens Gerais, de 1985, coletânea dos livros anteriores e mais os inéditos "Afogo e Faca" e "Tarefas de Ninguém".

Morreu no Recife, a 04 de junho de 1999.


O LIMITE

Vi os que lutam
contra a opressão
sendo opressores (não há
claros limites entre uns
e outros) e disse :
ai de nós
os que comemos juntos, se
não partilhamos (só alguns
têm certeza da comida
sinal forte de felicidade
para os que têm fome).
Ai de nós
por essa consciência de puros
sem nada para ser perdoado
como o Publicano e o Bom Ladrão.

LA LIMITE

J’ai vu ces que luttent
contre l’oppression
étant des oppresseurs (il n’y a pas de
claires limites
entre les uns
et les autres) et il a dit :
aie de nous
qui mangeons ensemble, si
nous ne partageons pas (à peine
quelques-uns
ont la certitude de la nourriture
signe fort de bonheur
pour ceux qui ont faim).
Aie de nous
pour cette conscience de purs
sans rien pour être pardonné
comme le Publicain et le bon Ladron.

(Da antologia bilingüe “Poésie du Brésil”, seleção de Lourdes Sarmento, edição Vericuetos, como nº 13 da revista literária francesa “Chemins Scabreux”, Paris, setembro de 1997.Traduções de Lucilo Varejão, Maria Nilda Miranda Pessoa e outros.)

Publicado em setembro de 2008

MERIDIANO

Vivemos a grande noite.
Cada amor em seu amor
se oculta.
Quem nos roubou a ternura
escondida? O corpo claro
e diurno?
Como os animais e as crianças
um dia a vida será só vida.

A PEDRA

Nesta mesa
o povo está sentado.
Não divaga.
Tudo o de que necessita
é perto e urgente.
Frio e direto, toma
a pedra que sou e quebra.
Vai construir o mundo.

"Não sei de muitas vozes poéticas femininas que se equiparem à sua, pela limpidez do sentimento reflexivo e pela discrição da palavra."
Carlos Drummond de Andrade

“Se apago esta paixão talvez me apague.”
Celina de Holanda

IVAN MARINHO PARTICIPA DE COLETÂNEA NACIONAL

O poeta Ivan Marinho, membro da Academia Cabense de Letras, foi selecionado e vai participar de uma coletânea nacional de poetas, em publicação da Editora Scortecci. Ivan Marinho é professor da rede pública de ensino, Presidente da Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo e coordena as atividades do Ponto de Cultura "Tiro da Paz". O poema selecionado é FRAGMENTO DO ACASO FRAGMENTO DO ACASO Ivan Marinho Sem gravidade flutuam Estilhaços de um espelho E cada parte reflete Um fragmento do acaso. Giram dando a impressão De serem um universo E são, de certo, mil vezes, A expressão original De uma parte perdida A se olhar eternamente Ali, imagem pra sempre, Como se fosse real. E menos se vê no mundo E no mundo só se vê. Entérica alegria Buscando a rima vazia De não ser, só parecer.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

PONTOS DE VISTA SOBRE O ENVELHECIMENTO


Por George Carlin

Você sabia que a única época da nossa vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se Você tem menos de 10 anos, Você está tão excitado sobre envelhecer que pensa em frações.

Quantos anos Você tem? Tenho quatro e meio! Você nunca terá trinta e seis e meio. Você tem quatro e meio, indo para cinco! Este é o lance!

Quando Você chega à adolescência, ninguém mais o segura. Você pula para um número próximo, ou mesmo alguns à frente. 'Qual é sua idade?

'Eu vou fazer 16!' Você pode ter 13, mas (tá ligado?) vou fazer 16 !

E aí chega o maior dia da sua vida! Você completa 21! Até as palavras soam como uma cerimônia: VOCÊ ESTÁ FAZENDO 21. Uhuuuuuuu!

Mas então Você 'se torna' 30. Ooooh, que aconteceu agora? Isso faz Você soar como leite estragado! Êle 'se tornou azedo'; tivemos que jogá-lo fora. Não tem mais graça agora, Você é apenas um bolo azedo. O que está errado? O que mudou?

Você COMPLETA 21, Você 'SE TORNA' 30, aí Você está 'EMPURRANDO' 40. Putz! Pise no freio, tudo está derrapando! Antes que se dê conta, Você CHEGA aos 50 e seus sonhos se foram.

Mas, espere! Você ALCANÇA os 60. Você nem achava que poderia!

Assim, Você COMPLETA 21, Você 'SE TORNA' 30, 'EMPURRA' os 40, CHEGA aos 50 e ALCANÇA os 60.

Você pegou tanto embalo que BATE nos 70! Depois disso, a coisa é na base do dia-a-dia; 'Estarei BATENDO aí na 4ª.. feira!'

Você entra nos seus 80 e cada dia é um ciclo completo; Você bate no lanche, a tarde se torna 4:30; Você alcança o horário de ir para a cama. E não termina aqui. Entrado nos 90, V.. começa a dar marcha à ré; 'Eu TINHA exatos 92.'

Aí acontece uma coisa estranha. Se Você passa dos 100, Você se torna criança pequena outra vez. 'Eu tenho 100 e meio

Que todos Vocês cheguem a um saudável 100 e meio!!


COMO PERMANECER JOVEM

Livre-se de todos os números não essenciais. Isto inclui idade, peso e altura. Deixe os médicos se preocupar com eles. É para isso que Você os paga.

Mantenha apenas os amigos alegres. Os ranzinzas, os que só reclamam da vida só deprimem.

Continue aprendendo. Aprenda mais sobre o computador, ofícios, jardinagem, seja o que for, até radioamadorismo. Nunca deixe o cérebro inativo. 'Uma mente inativa é a oficina do diabo. Trabalhe, estude! E o nome de família do diabo é ALZHEIMER.

Aprecie as coisas simples.

Ria sempre, alto e bom som! Ria até perder o fôlego.

Lágrimas fazem parte. Suporte, queixe-se e vá adiante. As únicas pessoas que estão conosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostre estar VIVO enquanto estiver vivo.

Cerque-se daquilo que ama, seja família, animais de estimação, coleções, música, plantas, hobbies, seja o que for. Seu lar é seu refúgio.

Cuide da sua saúde: se estiver boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver além do que Você possa fazer, peça ajuda.

Não 'viaje' às suas culpas. Faça uma viagem ao shopping, até o município mais próximo ou a um país no exterior, mas NÃO para onde Você tiver enterrado as suas culpas.

Diga às pessoas a quem Você ama que Você as ama, a cada oportunidade.

E LEMBRE-SE SEMPRE:

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.

Se você não mandar isso para pelo menos 8 pessoas- quem se importa? Mas compartilhe isto com alguém. Todos nós temos que viver a vida ao máximo a cada dia!


A jornada da vida não é para se chegar ao túmulo em segurança em um corpo bem preservado, mas sim para se escorregar para dentro meio de lado, totalmente gasto, berrando: "PUTA MERDA, QUE VIAGEM!"


George Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se "Sete Palavras que não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto a palco.
Até meados da década de 1960, Carlin manteve uma imagem tradicional, com fato e cabelo curto. Depois, ao escrever novo ato, decidiu deixar crescer o cabelo e a barba, tornando-se um ícone da contracultura. Crítico acérrimo das religiões, ateu convicto, principalmente do sentido da culpa e do controle social, defendia valores seculares.
Aplaudido por vários colegas, como Lewis Black e Bill Maher, George Carlin chegou ainda a participar em vários filmes e séries de TV. Dublou ainda filmes de animação, como Carros e outros.
Morreu em um hospital de Los Angeles de paragem cardíaca, depois de, nos últimos 20 anos, ter passado já por um enfarte e duas cirurgias no coração. Sobrevive-lhe a sua segunda mulher e sua filha.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

JÁ NO SÉCULO XVII AS MULHERES ESCREVIAM ASSIM

Tenho amor, sem ter amores. Este mal que não tem cura, Este bem que me arrebata, Este rigor que me mata, Esta entendida loucura É mal e é bem que me apura; Se equivocando os rigores Da fortuna aos desfavores, É remédio em caso tal Dar por resposta ao meu mal: Tenho amor, sem ter amores. É fogo, é incêndio, é raio, Este, que em penosa calma, Sendo do meu peito alma, De minha vida é desmaio: E pois em moral ensaio Da dor padeço os rigores, Pergunta em tristes clamores A causa minha aflição, Respondeu o coração: Tenho amor, sem ter amores. Soror Madalena da Glória (1672-?)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O PENSAMENTO FILOSÓFICO DA MAÇONARIA


Não é costume da maçonaria discutir sua doutrina fora dos seus templos, porém, sintonizado com a necessidade de maior aproximação com o mundo que nos rodeia, ao qual todos nós pertencemos, levou-me a tomar a decisão de expor um pouco da nossa filosofia, do nosso pensamento.
Permitam-me, que num esforço de síntese, provavelmente superior à minha capacidade intelectual, possa trazer-lhes algumas considerações sobre nossa filosofia de pensamento, nosso simbolismo.
No inicio do século XVIII apareceu em Londres uma sociedade, provavelmente já existente antes (há passagens bíblicas superponíveis ao seu simbolismo), ao qual ninguém sabe dizer de onde vinha, o que era e o que procurava. Expandiu com incrível rapidez pela Europa Cristã, principalmente na França e Alemanha, chegando até a América. Homens de todas as classes sociais, étnicas e religiosas entraram para o seu circulo – chamavam-se, mutuamente, de Irmãos.
Esta sociedade, intitulada Associação dos Pedreiros Livres, atraiu a atenção dos governos; foi perseguida; foi excomungada por dois Pontífices; suas ações levantavam suspeitas odiosas. No entanto ela resistiu a todas estas tempestades, difundindo-se, cada vez mais, até chegar aos nossos dias.
Podemos dizer que basicamente existem três correntes de pensamento maçônico:
- Maçonaria inglesa, de cunho tradicionalista, observadora e seguidora dos rituais; mantém-se imutável nos seus três séculos de existência documentada. É estática e conservadora.
- Maçonaria francesa, embora originária da Britânica, sofreu alterações através dos tempos, ditadas pelas condições do meio em que se desenvolveu, adquirindo feição mais latina, tornando-se conhecida pela ação exercida por seus membros, como cidadãos, nas áreas política, social e religiosa. A maçonaria brasileira e dos demais países hispano-americanos são, filosoficamente, a ela filiados. Formada no meio hostil e intolerante à liberdade de pensamento, partiu para a luta que visava transformar estas condições adversas. São muito vivas e documentadas as lembranças de sua participação na Revolução Francesa, quando sobressaíram grandes maçons como Danton, Robespierre e Diderot; na independência de quase todos os países da América Latrina, com a participação efetiva de notáveis maçons, como Simon Bolívar, San Martim, Sucre e Francisco Miranda; na independência do Brasil e na proclamação da republica, para citar alguns irmãos da Ordem, como Dom Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Ledo, Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa, Floriano Peixoto, Quintino Bocaiúva, dentre outros.
- Maçonaria Alemã, voltada para os estudos filosóficos de alta indagação: Goethe, Kant e Fichte são exemplos de filósofos e literatos que honraram nossa Instituição com suas adesões.
A maçonaria resistiu à prova do tempo, enquanto muitas outras organizações, aparentemente similares, desapareceram. Isto aconteceu porque ela é, por principio, uma Instituição com propósitos universalistas. A “sociedade separada dos maçons” se distingue da “grande sociedade humana” porque ela se isola para impedir a visão unilateral da divisão de trabalho, atingindo, com isto, a síntese da cultura humana.
A Igreja se opõe a outras Igrejas, o Estado a outros Estados, a Maçonaria não; ela toca no santuário do espírito, o problema ético individual; ela atua sobre a república dos espíritos, administra o pluralismo de opiniões.
Esta Instituição exalta tudo o que une e aproxima as pessoas e repudia tudo aquilo que divide e as isola. Isto acontece porque ela aspira, por principio, fazer da humanidade uma grande família de Irmãos e para atingir este desiderato, se põe sempre a serviço dos movimentos moralizadores e dos bons costumes.
Ela prepara o terreno onde florescerão a justiça e a paz. Sua única arma é a espada da inteligência; sabe que o único modo de produzir, mesmo socialmente, uma mudança profunda e durável de uma sociedade, é trabalhar para modificar a sua mentalidade.
Os pilares que sustentam esta vontade indomável de transformar, primeiro o homem e, por corolário, todo o universo dos homens, são três palavras mágicas: liberdade, igualdade e fraternidade.
“O amor à liberdade foi-nos dado juntamente com a vida e dos presentes do céu, o de menos valor é a vida” afirmou Goethe, o famoso literato alemão e nosso Irmão de Ordem; afirmo eu, corroborado pelos registros da história, que em nenhuma parte do mundo, jamais houve um grito de liberdade para um povo que não houvesse sido apoiado pela Maçonaria.
A liberdade é a essência intima e supremo desejo do homem e os indivíduos, pela sua colaboração mútua, visam criar uma alma coletiva; embalados pelo sopro do vento que libera os grilhões do obscurantismo, “A filosofia verdadeira, no dizer do grande filósofo e irmão de Ordem, o alemão Fichte, considera o pensamento livre como a fonte de toda a verdade independente”.
No que diz respeito à igualdade, a maçonaria reconhece que todos os homens nascem iguais e as únicas distinções que admite são o mérito, o talento, a sabedoria, a virtude e o trabalho.
Para dizer o pensamento da Ordem sobre a fraternidade, peço licença para repetir o que disse outro maçom, o imortal Victor Hugo: “A civilização tem suas frases, estas frases são séculos. A lógica das frases, expressão da idéia Divina, se condensam na palavra Fraternidade”.

HELIO MOREIRA
Membro da Loja Maçônia Asilo da Acácia 1248
Academia Goiana de Letras, Academia Goiana Maçônica de Letras

terça-feira, 4 de maio de 2010

A SAGA DE UMA CAMINHADA HERÓICA

Antonino Oliveira Júnior Nasci no agreste, Pequenino, frágil, Mas corajoso. Ainda um pequeno filete, Recebi pisadas e ameaças diversas, Mas segui adiante, Tomando corpo, Criando brilho próprio, Encantando as cidades por onde passei. Segui meu curso Em busca de novos ares, Na ânsia de chegar ao litoral, De me entregar ao mar, Como todo aquele que deixa o árido Em busca do frescor tropical. A caminhada da felicidade Tornou-se dolorosa E chorei, Sofrendo as dores da tortura, Da falta de ar, da vida se esvaindo, Fugindo de mim. O chegar à cidade tornou-se um sofrer, Uma certeza que o mal estava a caminho: Espumas tóxicas, dejetos humanos, Lixo contaminado matando meus frutos... Que dor horrível! Os peixes, coitados, morrendo afogados... Que dor horrível! Pessoas morando pertinho de mim, Suspensas em varas, distantes da vida... Mas eu sigo a viagem, Mulheres guerreiras, pedaço homem, pedaço mulher, Lavando as roupas, cantando cantigas alegres Em rostos felizes que escondem a tristeza Da alma que teima viver diante da morte... Aqui, acolá, Crianças brincando em gritos e risos, Inocência, pureza, Sem ver a sujeira que eu carregava; Levo doenças, sofrimento e até a morte. A canoa vai, A canoa vem... O homem olha triste para mim E não entende... Sua vida está ali... A minha agonia É a fome dos seis, Dos sessenta, dos seiscentos. O peixe afogado, O pescador sem sorriso, As crianças com fome... Que dor horrível! A espuma amarela A cor da doença, Prenúncio de morte... E eu sigo a viagem, Quase não respiro E tento (em vão) limpar-me com lágrimas... O mangue!!!! Tenho que ali chegar vivo, Ajudar a nascer novas vidas De peixes, crustáceos, de plantas... Estou chegando, Muito fraco, ofegante, Mas chegando, Levando espumas amarelas, Esgotos humanos, Restos de fábricas... Reencontro mulheres guerreiras, Pretas da pele e do mangue; Mulher e mangue se abraçam... Estou feliz... Ainda que muito ferido e abatido, Levei a vida Ao mangue que resiste, À mulher que teima em viver; E vou um pouco mais além... Que alegria!!! Vejo o mar, Sinto a brisa tropical, Chego fraco, abatido, Ajoelho-me diante do mar Tão forte, tão imponente, tão envolvente... Estou chegando mais perto E volto a lembrança lá atrás... As casas suspensas em varas, O triste olhar do pescador, A espuma amarela, Os dejetos, Os peixes afogados, As mulheres guerreiras, O mangue tinhoso... Não há tempo para nada... Estou sendo tragado... Estou sendo engolido... Cheguei ao final, Estou maior, Virei infinito... Agora sou Mar... Antonino Oliveira Júnior é poeta, escritor e membro da Academia Cabense de Letras.