sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

TENTE OUTRA VEZ

Raul Seixas

Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez 

 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SUAPE

Antonino Oliveira Júnior
(1970)

Num horizonte profundo
um sentimento mesquinho
sufocando beleza,
abafando sentimentos
sob mão de aço,
mente de ferro
e coração de gelo.

E os peixes se afogam
nas lágrimas do pescador.
 
Antonino Oliveira Júnior é da Academia Cabense de Letras.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CORAÇÃO PORTÁTIL, ebook de Juareiz Correya em livrarias virtuais de Portugal, Espanha, Brasil e EUA


Consideradas as maiores livrarias virtuais do mundo, a AMAZON.COM (http://www.amazon.com/CORAO-PORT-Portuguese-Edition-ebook/) e a BARNES&NOBLE (http://www.barnesandanoble.com/w/coracao-portatil-juareiz-correya/1104808506), dos Estados Unidos, já distribuem o ebook CORAÇÃO PORTÁTIL, do poeta pernambucano Juareiz Correya, publicado pela Emooby/Pubooteca, de Portugal, em março deste ano.  O ebook pode também ser adquirido em mais de 30 livrarias virtuais de Portugal e da Espanha, incluindo-se a EMOOBY STORE (http://www.emoobystore.com/index.php?option=com_virtuemart&page-shop.product_...), da editora, e nestas livrarias virtuais brasileiras  :

     LIVRARIAS CURITIBA (
http://www.livrariascuritiba.com.br/ebookcoracaoportatil,product,4065,3546.aspx), GATO SABIDO (http://www.gatosabido.com.br/ebook-download/149830/coracao_portatil.html.), GRIOTI LIVROS DIGITAIS (http://www.grioti.com.br/e-book-4065xcora-o-port-til.html), LIVROX (http://www.livrox.com.br/detalhe/ebook/2050), IBA-O melhor do conteúdo digital (http://www.iba.com.br/detalhes/livro/440434/coracao-portatil) e MUNDO POSITIVO (http://livros.mundopositivo.com.br/index.php/livros/literatura-nacional/corac-o-portatil). Acesse e leia o seu ebook em desktops, notebooks, kindles, smarthphones e tablets. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A PROCURA DE UM AMIGO


Por Erivaldo Alves*

Amigo que me aceite com todos os meus defeitos

Amigo que saiba que muitas vezes eu me esforço muito para parecer melhor do que sou.

Amigo que aceite meu ser real

Amigo que me olhe como uma pessoa em recuperação

Amigo que saiba que o relacionamento se aprofunda quando eu sou real

Amigo que me aceite quando eu não estou fingindo

Amigo que me ajude a me tornar melhor do que eu sou normalmente

Amigo que não fique impressionado ao perceber que muito do que falo é preparado para mostrar como eu sou mais esperto, inteligente ou engraçado, muitas vezes à custa de outras pessoas.

Amigo que não se escandalize ao saber que não tenho certeza de que – se não fosse eu – eu gostaria de mim.

Amigo que saiba que quando eu estou com pessoas que me conhecem em profundidade e me aceitam plenamente, essa aceitação toca minha condição de decaído como o médico toca a ferida do corpo de um paciente.

Amigo que fique em silêncio ao meu lado quando eu estiver em desespero ou confusão.
Amigo que saiba toda verdade a meu respeito e mesmo assim me respeite.

Desconfio que esse amigo não me amaria se soubesse que eu sou “uma mercadoria com defeito”.

*Erivaldo Alves é Pastor da Igreja Batista da Cohab e membro da Academia Cabense de Letras.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

JOAQUIM NABUCO EM SUAS PRIMEIRAS IMPRESSÕES SOBRE A ABL


Trechos do discurso pronunciado por Joaquim Nabuco na Sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, em 20 de julho de 1897, na qualidade de Secretário Geral.

 Não há em nosso grêmio omissão irreparável; a morte encarrega-se de abrir nossa porta com intervalos mais curtos do que o gênio ou o talento toma para produzir qualquer obra de valor. Nós, os primeiros, seremos os únicos acadêmicos que não tiveram mérito em sê-lo, quase todos entramos por indicação singular, poucos foram eleitos pela Academia ainda incompleta, e nessas escolhas cada um de nós como que teve em vista corrigir a sua elevação isolada, completar a distinção que recebera; só agora em diante, depois que a Academia existir, depois de termos uma regra, tradições, emulação, e em torno de nós o interesse, a fiscalização da opinião, a consagração do sucesso, é que a escolha poderá parecer um plebiscito literário. Nós de fato constituímos apenas um primeiro eleitorado.
As Academias, como tantas outras coisas, precisam de antiguidade. Uma Academia nova é como uma religião sem mistérios: falta-lhe solenidade. A nossa principal função não poderá ser preenchida senão muito tempo depois de nós, na terceira ou quarta dinastia dos nossos sucessores. Não tendo antiguidade, tivemos que imitá-la, e escolhemos os nossos antepassados.
 Escolhemo-los por motivo, cada um de nós, pessoal, sem querermos, eu acredito, significar que o patrono da sua Cadeira fosse o maior vulto das nossas letras. É a responsabilidade do escritor, a consciência dos seus deveres para com sua inteligência, o dever superior da perfeição, o desprezo da reputação pela obra.
Eu pela minha parte não sei que ópera não daria por uma só frase de Mozart ou de Schumann; trocaria qualquer livro por uma dessas palavras luminosas que brilham eternamente no espírito como estrelas de primeira grandeza… A obra de quase todos os grandes escritores resume-se em algumas páginas; ser um grande escritor é ter uma nota sua distinta, e uma nota ouve-se logo; de fato, ele não pode senão repeti-la.”
(Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo)

SOLIDÃO


É muito triste que uma pessoa nunca tenha encontrado alguém que a amasse. Se essa pessoa pudesse conhecer pelo menos outra pessoa que lhe dedicasse amor incondicional - a pura combinação de aceitação e compaixão - ou se pudesse sentir-se objeto de afeição e amor, isso teria grande impacto e extremo valor para ela. Pois existe dentro de todos nós uma boa semente pronta a despertar e amadurecer em decorrência das demonstrações de amor. (Dalai Lama)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MOSTRA PÓS-CONTEMPORÂNEA DE IVAN MARINHO

 

Ivan Marinho está expondo na igreja de Nazaré, no Parque Histórico Armando Holanda, no Cabo de Santo Agostinho. A mostra, que se chama Pós-contemporânea, foi aberta no dia 09 de dezembro e se estenderá até o dia 31 de janeiro de 2012
 

O tema se relaciona com os fenômenos de aglomeração cultural suscitado pelos folguedos, transcendendo os motivos individuais que valorizam as indumentárias e buscando expressar ou representar a magia coletiva dos eventos supracitados.
Os quadros, que na maioria são circulos, são em telas com molduras que dão continuidade às pinturas feitas em marchetaria.


O autor, Ivan Marinho, foi premiado no Prêmio Bandepe, no Festival Nacional de Arte Alternativa e, na vertente literária, foi primeiro lugar no Festival Jaci Bezerra de Poesias do Centro de Estudos Superiores de Maceió, ganhou o Prêmio Patativa do Assaré do MINC, classificou-se para coletâneas da Scortecci nacionalmente, para a coletânea do SINTEPE (dois anos seguidos) e, além da publicação do livro Anti-horário com prefácio de Alberto da Cunha Melo, participa de várias antologias, como a Pernambuco, Terra da Poesia e Poesias e Prosas de uma Terra de 500 anos. A igreja de Nazaré fica próxima à praia de Gaibu e está aberta de segunda à sábado de 08 às 17 horas.

Agradeçe, desde então, o apoio pela presença e divulgação deste trabalho.
Ivan Marinho (81 35183125 / 81 86837120) é da Academia Cabense de Letras.

 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O CORDEL ESTRADEIRO


A bença Manoel Chudu!
O meu cordel estradeiro
Vem lhe pedir permissão
Pra se tornar verdadeiro
Pra se tornar mensageiro
Da força do teu trovão.
E as asas da tanajura
Fazer voar o sertão.
Meu moxotó coroado
De xiquexique facheiro
Onde a cascavel cochila
Na boca do cangaceiro.
Eu também sou cangaceiro
E o meu cordel estradeiro
É cascavel poderosa.
É chuva que cai maneira
Aguando a terra quente
Erguendo um véu de poeira
Deixando a tarde cheirosa.
É planta que cobre o chão
Na primeira trovoada.
A noite que desce fria
Depois da tarde molhada
É seca desesperada
Rasgando o bucho do chão.
É inverno e é verão
É canção de lavadeira
Peixeira de Lampião.
As luzes do vaga-lume
Alpendre de casarão.
A cuia do velho cego
Terreiro de amarração.
O ramo da rezadeira
O banzo de fim de feira
Janela de caminhão.
Vocês que estão no palácio
Venham ouvir meu pobre pinho
Não tem o cheiro do vinho
Das uvas frescas do Lácio
Mas tem a cor de Inácio
Da serra da Catingueira.
Um cantador de primeira
Que nunca foi numa escola
Pois meu verso é feito a foice
Do cassaco cortar cana.
Sendo de cima pra baixo
Tanto corta como espana
Sendo de baixo pra cima
Voa do cabo e se dana.

(Cordel do fogo Encantado)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CANANÉIA O PRIMEIRO POVOADO DO BRASIL


Pouco se tem na História do Brasil sobre o Bacharel de Cananeia - Mestre Cosme Fernandes. Reconhecido por uns como um dos grandes precursores da colonização portuguesa no Brasil, é tido por outros como um fantasma que ainda perambula pela história de São Vicente. Foi o personagem limítrofe que manteve a estabilidade política do sul do Brasil, afastando os avanços e pretensões castelhanas sobre as terras do norte de Cananeia que, segundo interpretação dos reis Fernando e Isabel, pertenciam à Espanha, conforme o tratado de Tordesilhas.

Sem sombra de dúvida, hoje se pode afirmar que, não fosse pelo Bacharel, a colonização portuguesa não teria começado por São Vicente, talvez por Pernambuco, mas no sul provavelmente se falasse espanhol. Sua presença garantiu a Portugal, durante os primeiros trinta anos do século XVI, a posse do território descoberto. Deixou declaração de vontade própria para que sua herança fosse "... onerada com a pensão anual de uma missa para todo o sempre, pelo descanso de sua alma".

Esse livro alinha fatos históricos dispersos, comprovados e documentados, que ora nos permitem entender a envergadura do fantástico personagem que está na história de três países: Brasil, Portugal e Espanha. O leitor deve vê-lo com vistas generosas, pois não encerra a questão do Bacharel nem trás à luz novas descobertas, contudo junta fatos para balizamento de novas pesquisas. Deve ser o marco inicial de uma jornada aberta em busca da verdade, um desafio à argúcia daqueles que se apaixonaram pelas circunstâncias do nascimento da Terra dos Papagaios.

Enfim, a História de Cananeia, com o que foi e é, e o que escreveu Ídolo de Carvalho, bem poderia ter por subtítulo a afirmativa: Introdução à História do Brasil. Pois, insiste esse autor, Cananeia foi mesmo "o primeiro povoado do Brasil". E agora tem, garante-nos esse pesquisador incansável, a sua História Verdadeira. - Hernâni Donato

ARTE MAÇÔNICA NUMA VISÃO PROFANA DE CARMEN-LARA

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

RUI BARBOSA E SEUS PATOS

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.        
Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus patos, disse-lhe:    
– Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:  
– Dotô, rezumino… eu levo ou dêxo os pato?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ELES NÃO VOAM


Antonino Oliveira Júnior

Vem,
Dá-me a tua mão;
Por mais que a falta de luz
Cubra-lhes a mente e o coração,
Tornando-os algozes do nosso amor,
Haveremos de voar
Cada vez mais alto,
Cada vez mais distante da fúria,
Do desamor que os cega;
Não tema,
Tudo o que eles possam atirar
Não nos atingirá,
Protegidos que somos
Pela redoma de sentimentos puros e nobres;
O nosso vôo está apenas começando,
Sequer abrimos nossas asas,
Mas voamos como colibris apaixonados
Vencendo os olhares, o preconceito,
As palavras e os gestos que nos perseguem;
Vem,
Toma a minha mão...
“Não tema nossa sorte nessa guerra...
Eles são muitos, mas não podem voar...”

Antonino Júnior é da Academia Cabense  de Letras.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

AOS QUE NÃO CASARAM, AOS QUE VÃO CASAR...


Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

ARTUR DA TÁVOLA

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ENCONTRO ZÉ DA BANHA DE BACAMARTEIROS

 
Acontece nesta quinta-feira, o ENCONTRO ZÉ DA BANHA DE BACAMARTEIROS, no Cabo de Santo Agostinho, com uma intensa programação, que começa às 8 horas, com uma missa na Igreja do Livramento, seguida de cortejo até o Mercadão, onde haverá evoluções pelo grupo e apresentações com tiros de bacamarte, culminando com apresentação do poeta e cantor Maciel Melo, com participação da cantora Sevi Nascimento.

sábado, 19 de novembro de 2011

ACADEMIA CABENSE DE LETRAS

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ADRIAN ROGERS


"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." Adrian Rogers

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


O Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, fundador da República e o 13º Grão Mestre da Maçonaria, foi iniciado em 20 de setembro de 1873 na tradicional Loja Maçônica "ROCHA NEGRA", do Oriente de São Gabriel, Estado do Rio Grande do Sul. Deodoro, era a esse tempo, o coronel comandante do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, sediado em São Gabriel. Em sua memorável cerimônia de iniciação, foram seus companheiros, os capitães João Vicente Leite de Castro, Antonio Fernandes Barbosa e Idalino Favorino Vilaça: o alferes Cândido Marques da Rocha e os civis: Augusto Fayette, Thomaz Borges Fortes, Fiuzo Francisco Gonçalves e Gaspar Ferreira Cardozo.           

Comemoramos de forma expressiva o Aniversário da Proclamação da República, instaurada no país. Conta-nos a história do dia 15 de novembro de 1889 que "na casa de Deodoro, reuniram-se no dia 11 de novembro de 1889, os maçons: Benjamin Costant, Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério, Rui Barbosa, Cel Catuária, Major Frederico Sólon Ribeiro, Almirante Wanderkolk, Frederico Lorena e outros, ficando combinadas as medidas necessárias não sem um certo trabalho do incansável Irmão Benjamim Constant, que só após alguns esforços, conseguiu vencer os escrúpulos de Deodoro, pois este apenas era apologista da revolução que derrubasse o gabinete Ouro Preto, e só depois de ouvir longamente Benjamim Constant, que era a alma do movimento republicano, foi que deixou escapar as suas primeiras palavras em prol da REPÚBLICA." Eu respeito muito o Imperador, está velho e eu queria acompanhar-lhe o caixão ao cemitério, mas já que ele quer, faça-se a República".

E a quinze de novembro, o Irmão Deodoro da Fonseca, que havia passado o dia anterior acometido de dispneia tão forte que os seus amigos chegaram a pensar em adiar o movimento, assumia o comando das forças para proclamar a Republica.      

Foi o 13º Grão Mestre GOB no período de 1890 a 1891 e faleceu em 1892, três anos após ter proclamado a República. Coroava-se de pleno êxito mais uma luta da Maçonaria pela grandeza de nossa Pátria.
Fonte: Revista "A Verdade"-

TANTRA





Tantra (Sânscrito: tratado sobre ritual, meditação e disciplina), yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem por objectivo o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

UM.  
Dê mais às pessoas do que elas esperam, e faça-o com alegria.
 

DOIS.
 
Case com alguém com quem você goste de conversar.
À medida em que vocês forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornará tão importante quanto os outros todos
 

TRÊS.  
·        Não acredite em tudo o que ouve:
·        Não gaste tudo o que tem;
·        Não durma tanto quanto gostaria.

QUATRO.
 
Quando disser 'eu te amo', seja sincero
 

CINCO.
 
Quando disser
'sinto muito'
olhe nos olhos da pessoa.
 

SEIS.
 
Fique noivo pelo menos durante seis meses antes do casamento.
 

SETE.
 
Acredite no amor à primeira vista.
 

OITO.
 
Nunca ria dos sonhos dos outros.
Quem não tem sonhos tem muito pouco.
 

NOVE.
 
Ame profundamente e com paixão.
Você pode se ferir, mas é o único meio de viver uma vida completa.
 

DEZ.
 
Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
 

ONZE.
 
Não julgue ninguém pelos seus parentes.
 

DOZE.
 
Fale devagar, mas pense depressa.
 

TREZE.
 
Quando lhe fizerem uma pergunta a que não quer responder, sorria e pergunte; 'Porque deseja saber?'
 

QUATORZE.
 
Lembre-se que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.
 

QUINZE.
 


Diga 'saúde' quando alguém espirrar.

DEZESSEIS.
 
Quando você perder, não perca a lição.

DEZESSETE.
 
Recorde-se dos três 'R':  
    * Respeito por si mesmo,
    * Respeito pelos outros,
    * Responsabilidade pelos seus atos.

DEZOITO.
 
Não deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
 

DEZENOVE.
 
Quando notar que cometeu um engano, tome providências imediatas para corrigi-lo.
 

VINTE.
 
Sorria quando atender ao telefone.
Quem chama vai percebê-lo na sua voz.
 

VINTE E UM.
 
Passe algum tempo sózinho(a) e  reflita.


“EXISTEM QUATRO COISAS NA VIDA
QUE NÃO SE RECUPERAM”  
          A pedra - depois de atirada;
          A palavra - depois de proferida;
          A ocasião - depois de perdida:
          O tempo - depois de passado

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ONDE NASCI, VIVI E VIVO



Onde nasci, vivi e vivo,
Já não vivo mais.
Mas vou vivendo mesmo assim.
Mesmo assim sem vida e mar,
Sem ar, arte e artérias,
Sem fôlego e reação.
Onde nasci, vivi e vivo,
Só vem vivendo quem não quer viver,
Que morre suando,
Se escravizando, se desfiando.
E quando todos estiverem ricos,
Talvez morram pobres e insatisfeitos,
Mas eu aqui do meu jeito,
Onde nasci, vivi e vivo,
Tentarei ser o mesmo sujeito,
Que vive sem precisar ser igualzinho
As vítimas dos que matam
Jurando doar felicidade.

Jairo Lima é da Academia Cabense de Letras

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

QUE É SER MAÇON?


O   
1. É subir a Escada de Jacó pelas Iniciações da Vida sem ferir os Irmãos neste percurso;  
2. É realizar o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos vícios e da insensatez;
3. É socorrer o Irmão nas dificuldades, chorar com ele as suas angústias e saber comemorar a seu lado as suas vitórias;     
4. E reconhecer nas viúvas e nos órfãos a continuidade do Irmão que partiu para o Oriente Eterno;  
5. É ver na filha do Irmão a sua filha e na esposa do Irmão, uma Irmã, Mãe ou Filha;      
6. É combater o fanatismo e a superstição sem o açoite da guerra mas com a insistência da palavra sã;        
7. Ser modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para a felicidade comum;        
8. É saber conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam;
9. É ser capaz de apostar na sua coragem para servir aqueles que o ladeiam, mesmo que lhe falte o próprio sustento;        
10. É saber falar ao povo com dignidade ou de estar com reis e presidentes em palácios sumptuosos e conservar-se o mesmo;      
11. É ser religioso e político respeitando o direito da religião do outro e da
política oposta à sua;     
12. É permitir e facilitar o desenvolvimento pleno das concorrências para que todos tenham as mesmas oportunidades;   
13 É saber mostrar ao mundo que nossa Ordem não é uma Sociedade de Auxílios Mútuos;   
14. É estar dominado pelo princípio maior da TOLERÂNCIA suportando as rivalidades sem participar de guerras;      
15. É abrir para si e permitir que outros vejam e o sigam, o Caminho do Conhecimento e da Iniciação;
16. É conformar-se com suas posses sem depositar inveja nos mais abastados;
17. É absorver o sacerdócio do Iniciado pela fé no Criador, pela esperança no melhoramento do homem e pela caridade que abrir-se-á em cada coração;       
18. É sentir a realidade da vida nos Sagrados Símbolos da Instituição;    
19. É exaltar tudo o que une e repudiar tudo o que divide;       
20. É ser obreiro de paz e união, trabalhando com afinco para manter o equilíbrio exato entre a razão e o coração;      
21 É promover o bem e exercitar a beneficência, sem proclamar-se doador;     
22. É lutar pela FRATERNIDADE, praticar a TOLERÂNCIA e cultivar-se integrado numa só família, cujos membros estejam envoltos pelo AMOR;    
23. É procurar inteirar-se da verdade antes de arremeter-se com ferocidade contra aqueles que julga opositores   
24. É esquivar-se das falsidades inverosímeis, das mentiras grosseiras e das bajulações humanas;   
25. É ajudar, amar, proteger, defender e ensinar a todos os Irmãos que necessitem, sem procurar inteirar-se do seu Rito, da sua Obediência, da sua Religião ou do seu Partido Político;  
26. É ser bom, leal, generoso e feliz, amar a Deus sem temor ao castigo ou por interesse á recompensa;         
27 E manter-se humilde no instante da doação e grandioso quando necessitar receber;
28. É aprimorar-se moralmente e aperfeiçoar o seu espírito para poder unir-se aos seus semelhantes com laços fraternais;          
29. É saber ser aluno de uma Escola de Virtudes, e Amor, de Lealdade, de Justiça, de Liberdade e de Tolerância;
30. É buscar a Verdade onde ela se encontre e por mais dura que possa parecer;   
31 É permanecer livre respeitando os limites que separam a liberdade do outro;      
32. É saber usar a Lei na mão esquerda, a Espada na mão direita e o Perdão à frente de ambas;          
33. É procurar amar o próximo, mesmo que ele esteja distante, como se fosse a si mesmo.   
O transcrito acima não responde a pergunta, "quem sou eu', e sim a um perfil que tento lapidar em mim mesmo, quem sabe poderei dizer este sou eu.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O HOMEM, O URUBU E A MENINA



 

Roberto Menezes*

”Larga lá e pega aqui. Pra chorar e pra sorrir!” É assim que os camelôs desta sub-capital e os sub–empregados do comércio anunciam a liquidação nas lojas. Os gritos da liquidação geral talvez anunciem as vendas pro natal ou até mesmo pro carnaval. Puta que pariu, o ano passou depressa, já é quase natal. Sol sobre a lama: maré baixa, o rio expondo a podridão. Aqui as garças são urubus famintos. Agora junta o mau cheiro desse rio com a caretice desse povo: a cidade é insuportável. E tu bate de frente com um urubu. Ou melhor, o urubu bateu de frente contigo. Na verdade, tu esbarrou com o mendigo que lutava com o urubu. A ave e o homem disputavam o bife que veio junto nas sobras de um restaurante do centro da cidade. O mendigo, socialmente liquidado, encontra a sua liquidação: um bife de graça. E urubu nenhum ia tomar a sua oferta do dia. O mendigo provou que é esperto: disputou a carne no lixo com o urubu, igual as donas de casa quando avançam sobre produtos em liquidação. Esse mendigo podia dar palestras para mulheres que gostam de disputar liquidação de lojas e supermercados. Mas falta a este povo feeling e espírito empreendedor para se meter em consultoria. E agora? A festa acabou, o sonho acabou, a revolução virou palavrão, e você está só, sentado nesse banco de praça com o olhar fixo no velho sobrado, hoje uma movelaria quase falida. Cuidado, cara. A polícia na praça já está te olhando. Daqui a pouco, te mandam ficar em pé, fazem a revista, pedem documentos com a arrogância do soldado amarelo de “Vidas Secas”, aquele romance de Graciliano Ramos. ”Quem é você, aparecido? Está esperando a droga?” Tu sabe que pode dar nisso. Tu sabe que idoso agora é suspeito de ser “mula” de traficante. E não fala que estás ali pensando na menina que morava no sobrado, aquela Clarice que nasceu na Rússia e adorava o carnaval do Recife. Pra ela, nos seus dez anos de idade, uma felicidade clandestina que repartia em longas conversas com as vendedoras de tapioca e os vendedores de mel de engenho. Menina estranha, hein, cara? Preferia comer maçã no escuro porque ficar no escuro era ficar perto do coração selvagem que já sentia pulsar dentro dela. E esse coração, sabia ela, trazia nele um misterioso aprendizado dos prazeres da vida. Mas não conta a ninguém que você espera ver a menina neste quase fim de tarde: uma aparição, uma epifania. Muito menos fala sobre o aprendizado dos prazeres. Policial é bronco e bronca: nesse vacilo tu sai preso como pedófilo. Tu vira manchete de jornal e noticiário de TV. Tu não vai ser perdoado por nenhuma classe social. Olha, cara, dois policiais estão vindo na tua direção. Talvez seja muito tarde pra sair correndo. Respira fundo, puxa os teus documentos e não diz nada sobre a menina. Fica com Clarice Lispector dentro do teu coração como ele é: sofrido, perdido, covarde.    
                                                                                                    
 *Roberto Menezes é jornalista

domingo, 6 de novembro de 2011

HOJE A HOMENAGEM É PARA DRUMMOND


NO MEIO DO CAMINHO

Por Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

IN THE MIDDLE OF THE ROAD

In the middle of the road there was a stone
there was a stone in the middle of the road
there was a stone
in the middle of the road there was a stone.

Never should I forget this event
in the life of my fatigued retinas.
Never should I forget that in the middle of the road
there was a stone
there was a stone in the middle of the road
in the middle of the road there was a stone.