quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ELES NÃO VOAM


Antonino Oliveira Júnior

Vem,
Dá-me a tua mão;
Por mais que a falta de luz
Cubra-lhes a mente e o coração,
Tornando-os algozes do nosso amor,
Haveremos de voar
Cada vez mais alto,
Cada vez mais distante da fúria,
Do desamor que os cega;
Não tema,
Tudo o que eles possam atirar
Não nos atingirá,
Protegidos que somos
Pela redoma de sentimentos puros e nobres;
O nosso vôo está apenas começando,
Sequer abrimos nossas asas,
Mas voamos como colibris apaixonados
Vencendo os olhares, o preconceito,
As palavras e os gestos que nos perseguem;
Vem,
Toma a minha mão...
“Não tema nossa sorte nessa guerra...
Eles são muitos, mas não podem voar...”

Antonino Júnior é da Academia Cabense  de Letras.

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