sexta-feira, 30 de setembro de 2011

POEMA – MÁQUINA DE ESCREVER


Mãe, se eu morrer de um repentino mal,
vende meus bens a bem dos meus credores:
a fantasia de festivas cores
que usei no derradeiro Carnaval.
Vende esse rádio que ganhei de prêmio
por um concurso num jornal do povo,
e aquele terno novo, ou quase novo,
com poucas manchas de café boêmio
.
Vende também meus óculos antigos
que me davam uns ares inocentes.
Já não precisarei de duas lentes
para enxergar os corações amigos.
Vende , além das gravatas, do chapéu,
meus sapatos rangentes. Sem ruído
é mais provável que eu alcance o Céu
e logre penetrar despercebido.

Vende meu dente de ouro. O Paraíso
requer apenas a expressão do olhar.
Já não precisarei do meu sorriso
para um outro sorriso me enganar.
Vende meus olhos a um brechó qualquer
que os guarde numa loja poeirenta,
reluzindo na sombra pardacenta,
refletindo um semblante de mulher.

Vende tudo, ao findar a minha sorte,
libertando minha alma pensativa
para ninguém chorar a minha morte
sem realmente desejar que eu viva.

Pode vender meu próprio leito e roupa
para pagar àqueles a quem devo.
Sim, vende tudo, minha mãe, mas poupa
esta caduca máquina em que escrevo.
Mas poupa a minha amiga de horas mortas,
de teclas bambas, tique-taque incerto.
De ano em ano, manda-a ao conserto
e unta de azeite as suas peças tortas.

Vende todas as grandes pequenezas
que eram meu humílimo tesouro,
mas não! ainda que ofereçam ouro,
não venda o meu filtro de tristezas!

Quanta vez esta máquina afugenta
meus fantasmas da dúvida e do mal,
ela que é minha rude ferramenta,
o meu doce instrumento musical...
Bate rangendo, numa espécie de asma,
mas cada vez que bate é um grão de trigo.
Quando eu morrer, quem a levar consigo
há de levar consigo o meu fantasma.

Pois será para ela uma tortura
sentir nas bambas teclas solitárias
um bando de dez unhas usurárias
a datilografar uma fatura.
Deixa-a morrer também quando eu morrer;
deixa-a calar numa quietude extrema,
à espera do meu último poema
que as palavras não dão para fazer.

Conserva-a, minha mãe, no velho lar,
conservando os meus íntimos instantes,
e, nas noites de lua, não te espantes
quando as teclas baterem devagar
.
GIUSEPPE GHIARONI

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO

OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES

O conjunto de treinamentos Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes ajudará sua organização a alcançar resultados superiores sustentáveis, tornando os indivíduos e líderes da sua empresa mais eficazes. Os treinamentos e workshops foram desenvolvidos com base no livro best-seller do Dr. Stephen R. Covey (co-fundador da FranklinCovey), Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes.
Hábito 1: SEJA PROATIVO
·        Tomar iniciativa
·        Gerir mudanças
·        Tomar para si as responsabilidades
Hábito 2: COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE
·        Definir missão e valores
·        Fixar metas pessoais e profissionais
·        Alinhar metas prioritárias
·        Focar nas metas mais desejadas
Hábito 3: PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE
·        Executar estratégia
·        Focar nas atividades mais importantes
·        Aplicar planejamento eficaz
·        Utilizar ferramenta de planejamento eficazmente
Hábito 4: PENSE GANHA-GANHA
·        Construir relacionamentos de grande confiança
·        Construir equipes eficazes
·        Aplicar planejamento eficaz e priorizar habilidade
·        Utilizar colaboração eficaz
Hábito 5: PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO
·        Aplicar melhor comunicação interpessoal
·        Superar armadilhas na comunicação
·        Entender outras pessoas
·        Comunicar pontos de vista com eficácia
Hábito 6: CRIE SINERGIA
·        Utilizar o potencial da adversidade
·        Resolver problemas com eficácia
·        Valorizar diferenças
·        Construir forças através das diferenças
Hábito 7: AFINE O INSTRUMENTO
·        Atingir equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
·        Aplicar processo de melhoria continua em sua vida
·        Procurar aprendizado contínuo
Por que a eficácia individual importa?
Recentemente a Franklin Covey  pesquisou um representativo universo de 12.000 trabalhadores da América do Norte para entender as percepções pessoais sobre a “falta de eficácia” em suas organizações. Seguem algumas perguntas e respostas sobre o assunto:

EM MINHA ORGANIZAÇÃO…


As pessoas tomam a iniciativa de buscar o trabalho a ser feito?

Nós discutimos assuntos delicados com clareza?


Nós não somos desorganizados?

As pessoas evitam culpar as outras quando há um erro?

EM MEU PRÓPRIO TRABALHO…


Minhas metas no trabalho são escritas previamente?


Eu reservo um tempo todos os dia em meu trabalho  para identificar e planejar atividades em torno de minhas metas mais importantes?


Eu planejo atividades que promovem a melhoria contínua de minha performance?


Eu disponho de tempo [porcentagem] do meu trabalho para as metas mais importantes de minha organização?



O VALOR À SER PAGO PELA INEFICÁCIA
Considere o preço pago por uma organização quando:
1.    Somente metade das pessoas mostra iniciativa.
2.    Menos da metade sente que pode falar sobre assuntos delicados com clareza.
3.    Somente um terço das pessoas possue metas individuais de trabalho.
4.    Somente um terço das pessoas planeja como usar melhor o seu tempo.
5.    Somente um terço das pessoas pensa sobre como melhorar seu desempenho.
6.    As pessoas desperdiçam de duas a cinco horas por dia em coisas sem importância assuntos de outras pessoas, burocracias internas, conflitos políticos, de departamentos ou interpessoais.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

LIBERTINAGEM, O ULTIMO POEMA

Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
MANUEL BANDEIRA


VIII BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO


Entre os dias 23 de setembro e 02 de outubro de 2011, será realizado mais um capítulo da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Com o tema “Literatura e Cidadania”, a Bienal chega a sua 8ª edição e o pavilhão de exposições do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda (PE), volta a ser palco das discussões e debates que fomentam a feira literária referência de Pernambuco.


Nesta oitava edição do evento, livreiros, editores e distribuidores de todo o Brasil estarão reunidos mais uma vez, consolidando o Estado como um dos mais importantes pólos literários do país. O evento, que já faz parte do calendário cultural pernambucano, contempla leitores de todas as idades e escritores de todos os estilos. Um grande acontecimento que estimula o hábito da leitura em todas as camadas sociais, democratizando a informação inteligente.
 
 OS ESPAÇOS DA BIENAL
 
 Auditórios Beberibe, Brum e Ribeira -Pela primeira vez utilizados na Bienal, os auditórios Beberibe, Brum e Ribeira receberão uma intensa programação acadêmica desenvolvida por diversas instituições como UNICAP, UFPE, APL, UBE, Clube do Livro Espírita e Colégio Damas. No auditório Ribeira o SESC reeditará o CineSESC, que exibirá filmes sobre a temática de literatura e cidadania em todos os dias do evento.
  • Círculo das Letras -Aqui as crianças poderão conhecer o mundo dos livros. Serão realizadas apresentações culturais, recitais poéticos e narrações de histórias para crianças de todas as faixas etárias.
  • Café Cultural -Espaço intimista e informal, sob coordenação da Fafire, onde escritores, jornalistas e professores farão leituras abertas, participarão de debates, minicursos e estabelecerão um contato mais próximo com o público.
  • Círculo das Ideias -O coração dos debates da Bienal. Por aqui passarão os principais autores convidados do evento, além de contar com uma programação variada de oficinas, seminários e mesas de debates.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O CABO DE SANTO AGOSTINHO



Quando os alísios empurravam
da Europa e África as caravelas
não buscavam farol de luz
mas farol opaco: esta pedra.

Na terra de mais luz da terra
foi um farol cego este Cabo:
às avessas, farol sem luz
para navegantes encandeados.

João Cabral de Melo Neto
(A educação pela pedra e depois. p. 85)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"UMA PESCARIA INESQUECÍVEL"


Ele tinha onze nos e, cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura ainda estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado erguia o peixe exausto da água.

Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca estava proibida até o dia seguinte. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo: - Você tem que devolvê-lo, filho! - Mas, pai... Reclamou o menino. - Você pega outro depois, filho. - Não tão grande quanto este, choramingou a criança. O garoto olhou em volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água.

O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele momento o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande. Isso aconteceu há trinta e quatro anos, Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta.

Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como aquele. Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.

Moral da História:

 A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando. Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE Á ÁGUA. A boa educação é como uma moeda de ouro: Tem valor em toda parte.
James P. Lenfestey.
Provérbios - 22 - 6 -"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se DESVIARÁ dele".

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

HÁ HOMENS (lembrando Brecht)

Antonino Oliveira Júnior*
(Ao Pastor Erivaldo Alves, pela forma acolhedora como se relaciona com todos)

Há homens que amam suas mulheres
e constroem a vida a dois...
esses são importantes.

Há homens que amam seus filhos,
formam sólidas famílias
e ajudam na construção de adultos equilibrados...
esses são fundamentais.

Há homens que amam um ideal,
carregam uma bandeira de luta
e vislumbram horizontes sociais a alcançar...
esses são necessários.

Há homens que amam indiscriminadamente,
fazem do amor a própria razão da vida
e apostam na criação de uma sociedade justa,
de um mundo de paz.
Para eles, o amor é vital,
amam a todos a vida toda...

esses são imprescindíveis.

*Antonino Oliveira Júnior é da Academia Cabense de Letras.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A MAÇONARIA NO BRASIL



A fraternidade existia em nosso país desde o início do século 19 e contava com confrades de altos cargos da colônia. Entre os maçons decisivos para a separação de Portugal estava José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838). A ideia de conceder o título Defensor Perpétuo e Imperador do Brasil” ao príncipe herdeiro da coroa portuguesa surgiu na própria Latauro, mesmo lugar que organizou as primeiras festas de rua pela independência, no Rio, em 12 de outubro de 1822. O envio de emissários às grandes províncias brasileiras para articulação da Independência foi organizado pelo Grande Oriente do Brasil, a federação maçônica nacional fundada em 17 de junho do mesmo ano, de onde José Bonifácio foi grão-mestre. Em 2 de agosto de 1822, o próprio dom Pedro I entrou para a entidade, sob o codinome Pedro Guatimozim, uma homenagem ao último rei asteca. Apenas três dias depois de iniciado, ele já tinha sido alçado a mestre. Mais dois meses e já era o grão-mestre do país. Passados apenas 17 dias da promoção, Pedro, já imperador, abandonou a fraternidade e proibiu suas atividades no Brasil. A melhor explicação dos especialistas para a atitude é a insatisfação do monarca com uma entidade onde a hierarquia era submetida a regras e podia ser questionada.      

Em 1831, de volta legalmente à ativa, após a renúncia de dom Pedro e seu retorno a Portugal, a maçonaria brasileira se multiplicou. Em 1861, a ordem se mobilizou em apoio ao movimento abolicionista. No Ceará, lojas se reuniram para comprar e libertar escravos. Eusébio de Queiroz (1812-1868), que batizou a lei que proibia o tráfico de escravos, era maçom. O visconde do Rio Branco (1819-1880), abolicionista e chefe de Gabinete Ministerial entre 1871 e 1875, foi grão-mestre. Quando a Lei Áurea foi assinada pela princesa Isabel (1846-1921), em 1888, o presidente do Conselho de Ministros era o grão-mestre João Alfredo Correa de Oliveira (1835-1919). Das lojas também veio o apoio à mudança no regime de governo. Em 1889, a República foi proclamada pelo confrade marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), que formou um ministério só com maçons. Dos 12 chefes de Estado até 1930, oito eram maçons; dos 17 governadores de São Paulo durante a República Velha, 13 pertenciam à ordem. (Tiago Cordeiro)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PROVA DE AMOR

Autor Desconhecido

Há muito tempo atrás, 
um casal de velhinhos que não tinham filhos morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre,
a qual ambos se amavam muito, eram felizes.
        
Até que um dia aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha   e as chamas atingem todo o seu corpo, o esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas imediatamente tenta ajudá-la e o fogo também atinge seus braços e mesmo em chamas consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia mais fogo apenas fumaça e parte da casa toda destruída.   
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.        
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.      
Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, as chamas queimaram todo o seu rosto.

Chegando ao quarto de sua senhora, logo ela foi falando:
- Tudo bem com você meu amor?
- Sim. Respondeu ele.

Pena que o fogo atingiu os meus olhos e eu não posso mais enxergar,
mas fique tranquila amor que a sua beleza está gravada em meu coração para sempre.        

Então triste pelo esposo, disse-lhe:        
- Deus, vendo tudo o que aconteceu meu marido, tirou-lhe as vista para que você não veja esta deformidade em que eu fiquei.
As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Passando algum tempo recuperados, voltaram para casa onde ela fazia tudo para seu querido esposo e ele todos os dias dizia-lhe:
como eu te amo!
E assim viveram 20 anos, até que a senhora veio a falecer.     

No dia de seu enterro quando todos se despediam, veio aquele  senhor sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão beijando o rosto e acariciando sua amada disse em um tom apaixonante:      
"Como você é linda meu amor eu te amo muito".       
Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que está ao lado perguntou se o que tinha acontecido era um milagre, e olhando nos olhos dele o velhinho apenas falou:
"Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira".
Foram vinte anos vivendo ambos muito felizes e apaixonados!!!

Um amor maior que este só encontramos nas páginas da Bíblia Sagrada onde Deus, o nosso Pai, entregou seu único Filho para morrer em favor de toda humanidade.

JESUS MORREU POR VOCÊ E POR MIM!!!        

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" S. João 3.16

sábado, 3 de setembro de 2011

EM 22 DE SETEMBRO À ESPERA DO ÚLTIMO GIRASSOL & OUTROS POEMAS


   Edições Bagaço
   Projeto Gráfico: Paulo Rocha
   Ilustração Capa: Os Girassóis, Vincent Van Gogh
 
 
À Espera do Último Girassol
 
A Luiz Carlos Monteiro
 
Podar o sonho, recriá-lo
no chão batido da alma
entre nuvens e jardins
entre rimas e cantos
e lábios e voz.

Podar o amanhã, reinventá-lo
à luz de uma nova batalha
entre mãos que sangram
e corações que pulsam.

Podar a esperança, renová-la
ao sol de cada manhã
entre brotos, folhas,
flores e frutos,
à espera do último girassol.

*Natanael Lima Jr. é poeta membro das Academias de estudos Literários e Linguísticos/Anápoles-GO e da Academia Cabense de Letras.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ASSIM FALARAM OS MAÇONS

As regras preconizadas pela Franco-Maçonaria são puramente morais; não derivam de nenhuma fé religiosa, de nenhum credo político, de nenhuma palavra de ordem. Os homens dilacerados podem aí reencontrar os caminhos, não da unidade que não é desejável, mas da paz e de uma certa comunhão.
Roger Mériglier

Dar socorro aos que necessitam, dar alívio aos que padecem, é obrigação essencial do Maçon. A maior necessidade e enfermidade de um povo é, porém, a falta de doutrinação esclarecida. É esta que lhe multiplica as dores e os crimes; é esta que, de ordinário, o entrega surpreso e manietado às usurpações audazes.   
Mendes Leal
O conhecimento, para ser o que deve ser não se limita a uma simples teoria, mas comporta em si mesmo a realização correspondente.        
René Guénon
Aquele que crê possuir a verdade não se preocupa em procurá-la, da mesma forma que o justo satisfeito com a sua virtude negligencia o seu aperfeiçoamento moral... a intuição dirige-se aos espíritos inquietos, àqueles que não se satisfazem com aquilo que puderam aprender... Aquele que adere a um intangível credo religioso, filosófico, científico ou político comete um erro em dirigir-se à porta do Templo: aí só poderá comportar-se como um intruso... A vocação iniciática encontra-se no seio desses vagabundos espirituais que erram na noite após terem desertado da sua escola ou igreja por lá não terem encontrado a verdadeira Luz. 
Oswald Wirth
Para operar, os Templários da Escócia serviram-se da Associação ou Grémio Secreto de Pedreiros ou Construtores de Catedrais que, tendo em si princípios ocultos que datam de tempos remotos, tinham todavia perdido a Palavra (isto é, o Sentido, Logos) do ritual que conservavam e das estruturas que erguiam. Nesse rito morto introduziram os Templários da Escócia a Palavra que traziam, erguendo-o; e, se o fizeram, é porque as analogias eram perfeitas.        
Fernando Pessoa
A julgar pelas aparências, a Franco-Maçonaria parece mais uma associação discreta do que um Templo defendido por muralhas intransponíveis. Os rituais de todos os seus graus já foram publicados. As palavras, os sinais, a organização interna, a hierarquia da Ordem maçônica já foram divulgados... portanto, apesar dessa larga difusão, a Maçonaria continua uma realidade misteriosa não só para os profanos, mas também para os próprios iniciados.
René Alleau
Não vejo nos segredos das Lojas senão um véu de modéstia deitado sobre a verdade e a benevolência para lhes elevar o valor e a beleza aos olhos de Deus e dos homens.        
Alphonse de Lamartine
A Franco-Maçonaria sempre existiu, senão em ato, pelo menos em poder de dever, visto que corresponde a uma necessidade primordial do espírito humano.      
Oswald Wirth
O topo derruba-nos, não os degraus que aí conduzem: gostamos de errar na planície, com os olhos fixos no cume. Só uma parte da arte se pode ensinar, o artista tem necessidade de arte total... o trabalho do maçon. faz-se ao ar livre e termina, senão sempre em segredo, pelo menos, pelo segredo.    
Goëthe
Ninguém pode ser reconhecido como maçom enquanto continuar servo das suas paixões, escravo das suas crenças e cego pelos bens deste mundo.     
Jean Mourgues