segunda-feira, 28 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ELES NÃO VOAM


Antonino Oliveira Júnior

Vem,
Dá-me a tua mão;
Por mais que a falta de luz
Cubra-lhes a mente e o coração,
Tornando-os algozes do nosso amor,
Haveremos de voar
Cada vez mais alto,
Cada vez mais distante da fúria,
Do desamor que os cega;
Não tema,
Tudo o que eles possam atirar
Não nos atingirá,
Protegidos que somos
Pela redoma de sentimentos puros e nobres;
O nosso vôo está apenas começando,
Sequer abrimos nossas asas,
Mas voamos como colibris apaixonados
Vencendo os olhares, o preconceito,
As palavras e os gestos que nos perseguem;
Vem,
Toma a minha mão...
“Não tema nossa sorte nessa guerra...
Eles são muitos, mas não podem voar...”

Antonino Júnior é da Academia Cabense  de Letras.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

AOS QUE NÃO CASARAM, AOS QUE VÃO CASAR...


Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

ARTUR DA TÁVOLA

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ENCONTRO ZÉ DA BANHA DE BACAMARTEIROS

 
Acontece nesta quinta-feira, o ENCONTRO ZÉ DA BANHA DE BACAMARTEIROS, no Cabo de Santo Agostinho, com uma intensa programação, que começa às 8 horas, com uma missa na Igreja do Livramento, seguida de cortejo até o Mercadão, onde haverá evoluções pelo grupo e apresentações com tiros de bacamarte, culminando com apresentação do poeta e cantor Maciel Melo, com participação da cantora Sevi Nascimento.

sábado, 19 de novembro de 2011

ACADEMIA CABENSE DE LETRAS

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ADRIAN ROGERS


"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." Adrian Rogers

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


O Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, fundador da República e o 13º Grão Mestre da Maçonaria, foi iniciado em 20 de setembro de 1873 na tradicional Loja Maçônica "ROCHA NEGRA", do Oriente de São Gabriel, Estado do Rio Grande do Sul. Deodoro, era a esse tempo, o coronel comandante do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, sediado em São Gabriel. Em sua memorável cerimônia de iniciação, foram seus companheiros, os capitães João Vicente Leite de Castro, Antonio Fernandes Barbosa e Idalino Favorino Vilaça: o alferes Cândido Marques da Rocha e os civis: Augusto Fayette, Thomaz Borges Fortes, Fiuzo Francisco Gonçalves e Gaspar Ferreira Cardozo.           

Comemoramos de forma expressiva o Aniversário da Proclamação da República, instaurada no país. Conta-nos a história do dia 15 de novembro de 1889 que "na casa de Deodoro, reuniram-se no dia 11 de novembro de 1889, os maçons: Benjamin Costant, Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério, Rui Barbosa, Cel Catuária, Major Frederico Sólon Ribeiro, Almirante Wanderkolk, Frederico Lorena e outros, ficando combinadas as medidas necessárias não sem um certo trabalho do incansável Irmão Benjamim Constant, que só após alguns esforços, conseguiu vencer os escrúpulos de Deodoro, pois este apenas era apologista da revolução que derrubasse o gabinete Ouro Preto, e só depois de ouvir longamente Benjamim Constant, que era a alma do movimento republicano, foi que deixou escapar as suas primeiras palavras em prol da REPÚBLICA." Eu respeito muito o Imperador, está velho e eu queria acompanhar-lhe o caixão ao cemitério, mas já que ele quer, faça-se a República".

E a quinze de novembro, o Irmão Deodoro da Fonseca, que havia passado o dia anterior acometido de dispneia tão forte que os seus amigos chegaram a pensar em adiar o movimento, assumia o comando das forças para proclamar a Republica.      

Foi o 13º Grão Mestre GOB no período de 1890 a 1891 e faleceu em 1892, três anos após ter proclamado a República. Coroava-se de pleno êxito mais uma luta da Maçonaria pela grandeza de nossa Pátria.
Fonte: Revista "A Verdade"-

TANTRA





Tantra (Sânscrito: tratado sobre ritual, meditação e disciplina), yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem por objectivo o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

UM.  
Dê mais às pessoas do que elas esperam, e faça-o com alegria.
 

DOIS.
 
Case com alguém com quem você goste de conversar.
À medida em que vocês forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornará tão importante quanto os outros todos
 

TRÊS.  
·        Não acredite em tudo o que ouve:
·        Não gaste tudo o que tem;
·        Não durma tanto quanto gostaria.

QUATRO.
 
Quando disser 'eu te amo', seja sincero
 

CINCO.
 
Quando disser
'sinto muito'
olhe nos olhos da pessoa.
 

SEIS.
 
Fique noivo pelo menos durante seis meses antes do casamento.
 

SETE.
 
Acredite no amor à primeira vista.
 

OITO.
 
Nunca ria dos sonhos dos outros.
Quem não tem sonhos tem muito pouco.
 

NOVE.
 
Ame profundamente e com paixão.
Você pode se ferir, mas é o único meio de viver uma vida completa.
 

DEZ.
 
Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
 

ONZE.
 
Não julgue ninguém pelos seus parentes.
 

DOZE.
 
Fale devagar, mas pense depressa.
 

TREZE.
 
Quando lhe fizerem uma pergunta a que não quer responder, sorria e pergunte; 'Porque deseja saber?'
 

QUATORZE.
 
Lembre-se que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.
 

QUINZE.
 


Diga 'saúde' quando alguém espirrar.

DEZESSEIS.
 
Quando você perder, não perca a lição.

DEZESSETE.
 
Recorde-se dos três 'R':  
    * Respeito por si mesmo,
    * Respeito pelos outros,
    * Responsabilidade pelos seus atos.

DEZOITO.
 
Não deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
 

DEZENOVE.
 
Quando notar que cometeu um engano, tome providências imediatas para corrigi-lo.
 

VINTE.
 
Sorria quando atender ao telefone.
Quem chama vai percebê-lo na sua voz.
 

VINTE E UM.
 
Passe algum tempo sózinho(a) e  reflita.


“EXISTEM QUATRO COISAS NA VIDA
QUE NÃO SE RECUPERAM”  
          A pedra - depois de atirada;
          A palavra - depois de proferida;
          A ocasião - depois de perdida:
          O tempo - depois de passado

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ONDE NASCI, VIVI E VIVO



Onde nasci, vivi e vivo,
Já não vivo mais.
Mas vou vivendo mesmo assim.
Mesmo assim sem vida e mar,
Sem ar, arte e artérias,
Sem fôlego e reação.
Onde nasci, vivi e vivo,
Só vem vivendo quem não quer viver,
Que morre suando,
Se escravizando, se desfiando.
E quando todos estiverem ricos,
Talvez morram pobres e insatisfeitos,
Mas eu aqui do meu jeito,
Onde nasci, vivi e vivo,
Tentarei ser o mesmo sujeito,
Que vive sem precisar ser igualzinho
As vítimas dos que matam
Jurando doar felicidade.

Jairo Lima é da Academia Cabense de Letras

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

QUE É SER MAÇON?


O   
1. É subir a Escada de Jacó pelas Iniciações da Vida sem ferir os Irmãos neste percurso;  
2. É realizar o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos vícios e da insensatez;
3. É socorrer o Irmão nas dificuldades, chorar com ele as suas angústias e saber comemorar a seu lado as suas vitórias;     
4. E reconhecer nas viúvas e nos órfãos a continuidade do Irmão que partiu para o Oriente Eterno;  
5. É ver na filha do Irmão a sua filha e na esposa do Irmão, uma Irmã, Mãe ou Filha;      
6. É combater o fanatismo e a superstição sem o açoite da guerra mas com a insistência da palavra sã;        
7. Ser modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para a felicidade comum;        
8. É saber conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam;
9. É ser capaz de apostar na sua coragem para servir aqueles que o ladeiam, mesmo que lhe falte o próprio sustento;        
10. É saber falar ao povo com dignidade ou de estar com reis e presidentes em palácios sumptuosos e conservar-se o mesmo;      
11. É ser religioso e político respeitando o direito da religião do outro e da
política oposta à sua;     
12. É permitir e facilitar o desenvolvimento pleno das concorrências para que todos tenham as mesmas oportunidades;   
13 É saber mostrar ao mundo que nossa Ordem não é uma Sociedade de Auxílios Mútuos;   
14. É estar dominado pelo princípio maior da TOLERÂNCIA suportando as rivalidades sem participar de guerras;      
15. É abrir para si e permitir que outros vejam e o sigam, o Caminho do Conhecimento e da Iniciação;
16. É conformar-se com suas posses sem depositar inveja nos mais abastados;
17. É absorver o sacerdócio do Iniciado pela fé no Criador, pela esperança no melhoramento do homem e pela caridade que abrir-se-á em cada coração;       
18. É sentir a realidade da vida nos Sagrados Símbolos da Instituição;    
19. É exaltar tudo o que une e repudiar tudo o que divide;       
20. É ser obreiro de paz e união, trabalhando com afinco para manter o equilíbrio exato entre a razão e o coração;      
21 É promover o bem e exercitar a beneficência, sem proclamar-se doador;     
22. É lutar pela FRATERNIDADE, praticar a TOLERÂNCIA e cultivar-se integrado numa só família, cujos membros estejam envoltos pelo AMOR;    
23. É procurar inteirar-se da verdade antes de arremeter-se com ferocidade contra aqueles que julga opositores   
24. É esquivar-se das falsidades inverosímeis, das mentiras grosseiras e das bajulações humanas;   
25. É ajudar, amar, proteger, defender e ensinar a todos os Irmãos que necessitem, sem procurar inteirar-se do seu Rito, da sua Obediência, da sua Religião ou do seu Partido Político;  
26. É ser bom, leal, generoso e feliz, amar a Deus sem temor ao castigo ou por interesse á recompensa;         
27 E manter-se humilde no instante da doação e grandioso quando necessitar receber;
28. É aprimorar-se moralmente e aperfeiçoar o seu espírito para poder unir-se aos seus semelhantes com laços fraternais;          
29. É saber ser aluno de uma Escola de Virtudes, e Amor, de Lealdade, de Justiça, de Liberdade e de Tolerância;
30. É buscar a Verdade onde ela se encontre e por mais dura que possa parecer;   
31 É permanecer livre respeitando os limites que separam a liberdade do outro;      
32. É saber usar a Lei na mão esquerda, a Espada na mão direita e o Perdão à frente de ambas;          
33. É procurar amar o próximo, mesmo que ele esteja distante, como se fosse a si mesmo.   
O transcrito acima não responde a pergunta, "quem sou eu', e sim a um perfil que tento lapidar em mim mesmo, quem sabe poderei dizer este sou eu.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O HOMEM, O URUBU E A MENINA



 

Roberto Menezes*

”Larga lá e pega aqui. Pra chorar e pra sorrir!” É assim que os camelôs desta sub-capital e os sub–empregados do comércio anunciam a liquidação nas lojas. Os gritos da liquidação geral talvez anunciem as vendas pro natal ou até mesmo pro carnaval. Puta que pariu, o ano passou depressa, já é quase natal. Sol sobre a lama: maré baixa, o rio expondo a podridão. Aqui as garças são urubus famintos. Agora junta o mau cheiro desse rio com a caretice desse povo: a cidade é insuportável. E tu bate de frente com um urubu. Ou melhor, o urubu bateu de frente contigo. Na verdade, tu esbarrou com o mendigo que lutava com o urubu. A ave e o homem disputavam o bife que veio junto nas sobras de um restaurante do centro da cidade. O mendigo, socialmente liquidado, encontra a sua liquidação: um bife de graça. E urubu nenhum ia tomar a sua oferta do dia. O mendigo provou que é esperto: disputou a carne no lixo com o urubu, igual as donas de casa quando avançam sobre produtos em liquidação. Esse mendigo podia dar palestras para mulheres que gostam de disputar liquidação de lojas e supermercados. Mas falta a este povo feeling e espírito empreendedor para se meter em consultoria. E agora? A festa acabou, o sonho acabou, a revolução virou palavrão, e você está só, sentado nesse banco de praça com o olhar fixo no velho sobrado, hoje uma movelaria quase falida. Cuidado, cara. A polícia na praça já está te olhando. Daqui a pouco, te mandam ficar em pé, fazem a revista, pedem documentos com a arrogância do soldado amarelo de “Vidas Secas”, aquele romance de Graciliano Ramos. ”Quem é você, aparecido? Está esperando a droga?” Tu sabe que pode dar nisso. Tu sabe que idoso agora é suspeito de ser “mula” de traficante. E não fala que estás ali pensando na menina que morava no sobrado, aquela Clarice que nasceu na Rússia e adorava o carnaval do Recife. Pra ela, nos seus dez anos de idade, uma felicidade clandestina que repartia em longas conversas com as vendedoras de tapioca e os vendedores de mel de engenho. Menina estranha, hein, cara? Preferia comer maçã no escuro porque ficar no escuro era ficar perto do coração selvagem que já sentia pulsar dentro dela. E esse coração, sabia ela, trazia nele um misterioso aprendizado dos prazeres da vida. Mas não conta a ninguém que você espera ver a menina neste quase fim de tarde: uma aparição, uma epifania. Muito menos fala sobre o aprendizado dos prazeres. Policial é bronco e bronca: nesse vacilo tu sai preso como pedófilo. Tu vira manchete de jornal e noticiário de TV. Tu não vai ser perdoado por nenhuma classe social. Olha, cara, dois policiais estão vindo na tua direção. Talvez seja muito tarde pra sair correndo. Respira fundo, puxa os teus documentos e não diz nada sobre a menina. Fica com Clarice Lispector dentro do teu coração como ele é: sofrido, perdido, covarde.    
                                                                                                    
 *Roberto Menezes é jornalista

domingo, 6 de novembro de 2011

HOJE A HOMENAGEM É PARA DRUMMOND


NO MEIO DO CAMINHO

Por Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

IN THE MIDDLE OF THE ROAD

In the middle of the road there was a stone
there was a stone in the middle of the road
there was a stone
in the middle of the road there was a stone.

Never should I forget this event
in the life of my fatigued retinas.
Never should I forget that in the middle of the road
there was a stone
there was a stone in the middle of the road
in the middle of the road there was a stone.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A MAÇONARIA DO ESPIRITO E O ESPIRITO DA MAÇONARIA

Frederico Menezes*

Envolve a mente a elevação filosófica da maçonaria, estruturada na busca da verdade e no acender das luzes da sabedoria na alma humana. Essa filosofia, que remonta às areias das civilizações mortas devidamente inserida em toda a forma de pensar e viver do maçon, proporciona a mais extraordinária revolução que a humanidade necessita e que Jesus de Nazaré preconizou para o mundo: a implantação do Reino da Luz, a partir do universo de cada um no planeta em que habitamos.

Para que esse momento de transformação alcance nossa realidade íntima, imprescindível, no entanto, que a maçonaria do espírito penetre em cada espaço de nossa alma. Essa maçonaria do espírito é aquela que guia, estabiliza, estrutura a maçonaria dos rituais e dos milenares simbolismos. O polimento do ser, o seu aformoseamento de caráter, receberá impulso de alta magnitude, quando nossos sentimentos, nosso coração, absorverem a maçonaria do espírito, que nos revela, de maneira cristalina, todo o espírito da maçonaria.
De Zoroastro à Hermes Trimegisto, de Lau Tsé à Rama, de Sócrates à Jesus, todos, à sua maneira, representam a ascendência da dimensão invisível sobre qualquer manifestação da forma. E falaram sobre um poderoso e misterioso Reino a dormir a dormir dentro da criatura. Na verdade, mergulhar neste Reino de Luz, é fazer nascer o homem de bem, o diamante resplandecente em meio ao carvão bruto. Do gênio celta na Ga´lia lendária às doutrinas espiritualistas da atualidade ou do profundo magnetismo das grandes pirâmides no culto à Amon Rá, o deus sol, até a teosofia contemporânea, temos inesgotáveis fontes de conhecimento, convidando à renovação de valores, à mudança de visão, à correção de atitudes.

Transformar o ser humano, forjando sua moralização – eis a maçonaria do espírito. Fazer a humanidade feliz, mais justa e perfeita – eis o espírito da maçonaria.

Não se alcança a força motriz da moralização ( a maçonaria do espírito ) sem a busca do exemplo, alimentada pela vontade férrea. E sem que isto alimente o maçon, como entenderemos e cumpriremos, no mundo, o espirito da maçonaria, que são os elevados objetivos que se deseja para a sociedade ?

Nós, maçons, somos tão bafejados por imensa riqueza de conhecimento, que não nos é lícito ficar isolado em nossa loja enquanto a humanidade clama por mãos firmes e operosas que a soerga do lodaçal dos vícios. Podemos, sob o estímulo do espírito da maçonaria, sermos peças pró ativas, criativas, realizadoras, dinâmicas, num mundo em convulsão. Enquanto muitos falam em morte podemos ser uma injeção de vida em suas veias obstruídas; enquanto prolifera a escuridão, sermos claridade; enquanto grassa as enfermidades da alma, apresentarmos o ser humano, porque moralizado...

Eis o espírito da maçonaria inspirado pela maçonaria do espírito.

*Frederico Menezes é maçom e membro da Academia Cabense de Letras