quarta-feira, 27 de junho de 2012

ASSIM ORAVA GANDHI


“Senhor…

Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes
e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão.
Se me dás o sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda.
Não me deixes acusar o outro por traição aos demais,
apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar aos outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso se triunfo,
nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso
é a experiência que precede ao triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza
e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me a coragem para desculpar-me,
e se as pessoas me ofenderem, dá-me a grandeza de perdoá-las.
Senhor , se eu me esquecer de ti , nunca te esqueças de mim”.

Mahatma Gandhi

sexta-feira, 22 de junho de 2012

OLHA PRO CÉU MINHA GENTE, VÊ QUE LUA MAIS LINDA !


  DOUGLAS MENEZES em junho 22 de 2012

   Eu invento frases de efeito que aprendi com os mestres. Eu douro as palavras de modo artificial porque os bancos e os livros me ensinaram. Digo coisas, às vezes bonitas, legítimas até, mas apropriadas por um conhecimento adquirido. Ele, não: disse o que eu sempre quis dizer e não soube como. Ele, natural; ele, voz do povo; ele  enquadrado naquilo que outro poeta falou: “ se a gente sofre, ele sente”. Aridez da vida transformada em ternura. Na poesia, a terra seca chega a parecer molhada, mesmo expressando a dor maior da sobrevivência.
   Vi de perto um dia, muito tempo faz, jovenzinho ainda. Ele junto, atencioso. Ele respondendo as perguntas, paciência de Jó
Quando soube que não éramos jornalistas, brincou, fingindo severidade: “vocês são uns nojentos” e depois riu aquele riso sertanejo, forma carinhosa de falar que estava só brincando. Depois, a missa, os vaqueiros perfilados, a fé maior,o canto inconfundível ecoando na imensidão do mundo do interior. Contrita aquela gente, ouvindo a voz que ela conhecia tão bem, famosa e, ao mesmo tempo de uma simplicidade comovente. Deus ali, também refletindo por que tanto padecimento, já que aquele povo acreditava tanto Nele. A missa nordestina com charque e rapadura, e a música dele, misturada a toda a paisagem dessa Palestina brasileira.
   Na poética, a sensibilidade nata, as personificações nunca esquecidas, de emoção à flor da pele? “ Quando vivim cantou / Corri pra ver você / Atrás da serra o sol tava pra  se  esconder / Quando você partiu / Eu não esqueço mais / Meu coração amor/ Partiu atrás”. Ou o jogo de palavras do ABC DO SERTÃO, com a defesa da língua sertaneja, do sotaque que faz a diferença e reafirma a personalidade própria. Aliás, décadas vivendo no sul e nunca mudou o modo de falar, criticando aqueles que macaqueavam, que perdiam a identidade, imitando o sulismo, mesmo com pouco tempo naquela região.
   Toda uma vida dedicada a analisar musicalmente a sociologia de um povo. O amor, a natureza, as cidades, as serras, as paisagens diversas, as festas, os personagens, as injustiças sociais, a dignidade do nordestino sempre ultrajada até hoje. Conseguiu, como poucos, unir forma e conteúdo. Sem conhecimento histórico, expressou na obra, na melodia,  a origem Ibérica e do Oriente Médio da música nordestina.
   Telúrico em toda a trajetória. Chão de terra batida, cheiro e mato seco, uma voz de quintal ouvida em todo canto: “ vem ver quanta fogueira / No terreiro embandeirado,/Foguetes e balões/ Sob o céu todo estrelado / Namoro à moda antiga / Com suspiro ao luar /Vem ver coisa bonita / São João no arraiá”.
  Sim, faço frases que a escola ensinou a fazer. Ele ganhou a elite pensante com o pulsar de uma poesia vindo do coração e do músculo sensíveis, no entanto.  Passou por todos os temas possíveis. Gente de peso da arte nossa rende-lhe até hoje homenagens. Cem anos que vão ser centenas, com certeza. Pois arte maior não morre nunca. Discípulos estão aí, bons ou maus, perpetuando seu legado. Os pés-de-bode continuarão animando as festas da cabroeira que tanto ele amava. Agora, também o ano inteiro.
    Pois é, o casal olha no céu deste junho a lua redonda, que insiste em ficar entre as estrelas. Lua gorda, morena escura. Ele olha de cima, risonho, feliz, vendo ainda algumas fogueiras brilhando lá embaixo na terra. Lua feliz olhando, com alegria de menino, ouvindo o som que ele deixou. E mais ainda, a confirmação de que, mesmo com a tirania do tempo, implacável com o destino humano, o seu povo não o esquecerá jamais.

Douglas Menezes é professor e membro da Academia Cabense de Letras

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CHARLES CHAPLIN

"A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida."

"A beleza é a única coisa preciosa na vida. É difícil encontrá-la - mas quem consegue descobre tudo."

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela."

"Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis."

"O amor perfeito é a mais bela das frustrações, pois está acima do que se pode exprimir."

"Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível."

"Nada é permanente nesse mundo cruel. Nem mesmo os nossos problemas."

"Se o que você esta fazendo for engraçado, não há necessidade de ser engraçado para fazê-lo."

"A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe."

"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado, nele se encontra todos os segredos; inclusive o da felicidade."

Charles Chaplin

segunda-feira, 11 de junho de 2012

LUIS DE CAMÕES - "ALMA MINHA GENTIL, QUE TE PARTISTE"


Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta sida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou

Luís Vaz de Camões que faleceu em 10 de junho 1580 é comemorado como o “Dia de Portugal”, uma justa homenagem feita ao poeta que através da sua obra sempre evidenciou o amor a sua pátria. Questiona-se o conflito entre a lírica e a épica onde aos olhos românticos de vários autores, o lirismo se sobressai. O soneto em tela representa um dos momentos sublimes de inspiração do poeta. Ocorreu provavelmente na sua viagem de Macau para Índia, mais especificamente para Goa, onde Camões responderia contra eventuais insinuações, quando da sua estada na China onde exercia um cargo de confiança, Provedor Mor dos Defuntos e Ausentes. Nessa sua viagem de regresso a caravela naufragou nas proximidades do atual Vietnam na foz do rio Mekong e nesse naufrágio teria morrido Dinamene, a escrava chinesa que vivia com Camões em Macau. Conta a lenda que Camões salvou os manuscritos dos Lusíadas e que não teria salvo a amada, por puro patriotismo. Fontes de novos estudos evidenciaram que Camões não teria como salvar Dinamene, pois segundo relatos e documentos, o poeta sobreviveu graças aos próprios manuscritos, os quais estavam acondicionados em bolsas de couro, vindo a servir como boia naquele momento crucial.

No soneto Alma minha gentil, que te partiste, inspirado em Petrarca, Camões vai ao extremismo platônico e transpõe as barreiras dos mistérios da vida na demonstração do verdadeiro amor, onde ele pede a interferência dela junto ao próprio Criador no sentido de que apresse a sua própria morte. O homem, embora queira sempre atingir o ideal e a perfeição, depara-se com a terrível restrição imposta pela própria condição humana. O poeta chega à conclusão de que não existe o absoluto ou o eterno, restando a ele divagar sobre o real e o ideal, o eterno e o transitório, a morte e a vida, o pessoal e o universal.

Segundo Helder Macedo professor de Estudos Camonianos, "Camões foi o Melhor dos Portugueses”.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O MAÇOM

A. Olser Lins

A flamejante estrela refulgente,
Luz brilhante que as trevas espadana,
Renova e torna a mente soberana,
Do erro e fanatismo, independente.

O nível, prumo e malho diligentes,
Elevam a moral da Raça Humana,
O píncaro atingindo do Nirvana,
Suprema e feliz glória onipotente.

Nova força de Deus procederá,
Num consenso de paz, fraternidade,
E novo homem, então, renascerá.

Todo irmão livre e sábio, aqui terá,
Um mundo mais feliz com amizade,
E o amor, do coração, transbordará.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

AFINIDADE





Não é o mais brilhante, mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.

Não importa o tempo, a ausência, os adiantamentos, à distância, as impossibilidades.

Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto de onde foi interrompido.

Ter afinidade é muito raro, mas quando ela existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar.

Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanecem depois que as pessoas deixam de estar juntas.

Afinidade é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam.

Afinidade é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento...
(autoria por mim desconhecida)

CARTA DO RECIFE (Manifesto dos Blogueiros Literários do Nordeste)

Nós, blogueiros literários, escritores editores participantes da "1a. Reunião de Blogs Literários do Nordeste" , realizada nos dias 22 e 23 deste mês de  maio, no Recife (Teatro Arraial,. bairro da Boa Vista), apoiamos, incentivamos, reivindicamos e indicamos estas propostas  :

     - Apoiamos as organizações civis que se manifestem por uma Internet governada democraticamente, com a participação equitativa de todas as pessoas, grupos e países;      

     - Apoiamos todas as manifestações brasileiras em defesa da blogosfera e da Internet em geral;      

     - Incentivamos e lutamos pela garantia plena da liberdade de informação e pelo direito  constitucionalmente assegurado de liberdade de expressão;   

     - Incentivamos e lutamos pela democratização da comunicação de toda a blogosfera literária, educacional, jornalística, política e social e da Internet em geral;   

     - Reivindicamos a garantia do poder e da liberdade já assegurada à mídia tradicional, para que os blogs literários, particularmente , cresçam e se multipliquem como um CANAL ALTERNATIVO onde circule a produção literária que a mídia tradicional não divulga, não prestigia e não valoriza; 

     - Reivindicamos a garantia dos direitos autorais dos textos literários, desenhos ou ilustrações veiculados nos  blogs de acordo com a lei dos direitos autorais assegurados pela Constituição Brasileira;

     - Reivindicamos, junto à iniciativa pública e privada, a valorização dos blogs literários como um meio relevante de produção e compartilhamento de conteúdo culturalmente expressivo;

     - Reivindicamos a urgente profissionalização e inserção dos blogs literários no novo mercado profissional da blogosfera, mediante a parceria, de forma clara e ética, com as instituições e empresas públicas e privadas;     

     - Reivindicamos  que a profissionalização dos blogs literários, de acordo com a remuneração real dos seus escritores editores, seja respeitada e valorizada comercialmente, como um novo mercado, da mesma forma que os jornais, revistas, rádios e televisões da mídia tradicional;   

     - Indicamos que se faz necessária a criação de uma entidade representativa dos blogs literários do Nordeste, que preste orientação jurídica, elabore projetos de capacitação de recursos nos organismos estadual e federal (MinC, MEC, etc) e realize entendimentos para intercâmbio com outras entidades do país  e do estrangeiro;

     - E INDICAMOS a cidade de Maceió, capital do Estado de Alagoas, para a realização, em novembro deste ano de 2012, da "2a. Reunião de Blogs Literários do Nordeste".
(Manifesto dos Blogueiros Literários do Nordeste)
Fonte: BLOGS LITERÁRIOS DO NORDESTE