segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ANDAR COM FÉ...

é saber que cada dia é um recomeço, é ter certeza que os milagres acontecem e que os sonhos podem se realizar. Andar com fé.. é saber que temos asas invisíveis, é fazer pedidos a estrelas cadentes e abrir as mãos para o céu. Andar com fé.. é olhar sem temor as portas do desconhecido, ter a inocência dos olhos da criança, a lealdade do cão, a beleza da mão estendida para dar e receber. Andar com fé.. é usar a força e a coragem que habitam dentro de nós quando tudo parece acabado. Andar com fé.. é saber que temos tudo a nosso favor, é compartilhar as bênçãos multiplicadas, é saber que sempre seremos surpreendidos com presentes do Universo, é a certeza que o melhor sempre acontece que tudo aquilo que almejamos está totalmente ao nosso alcance. Basta só Andar com Fé ! A fé é um Dom de DEUS ! Eu agradeço por ela: "Senhor eu creio, mas aumente a minha fé " (Autor Desconhecido)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ECOLOGIA SOCIAL EM FACE DA POBREZA E DA EXCLUSÃO

Hoje se fala das muitas crises sob as quais padecemos: crise econômica, energética, social, educacional, moral, ecológica e espiritual. Se olharmos bem, verificamos que, na verdade, em todas elas se encontra a crise fundamental: a crise do tipo de civilização que criamos a partir dos últimos 400 anos. Essa crise é global porque esse tipo de civilização se difundiu ou foi imposto praticamente ao globo inteiro. Qual é o primeiro sinal visível que caracteriza esse tipo de civilização? É que ela produz sempre pobreza e miséria de um lado e riqueza e acumulação do outro. Esse fenômeno se nota em nível mundial. Há poucos países ricos e muitos países pobres. Nota-se principalmente no âmbito das nações: poucos estratos beneficiados com grande abundância de bens de vida (comida, meios de saúde, de moradia, de formação, de lazer) e grandes maiorias carentes do que é essencial e decente para a vida. Mesmo nos países chamados industrializados do hemisfério norte, notamos bolsões de pobreza (terceiromundialização no primeiro mundo) como existem também setores opulentos no terceiro mundo (uma primeiromundizalização do terceiro mundo), no meio da miséria generalizada. As críticas a seguir visam a denunciar as causas dessa situação.Críticas ao modelo de sociedade atual e à ecologia Há três linhas de crítica ao modelo de civilização e de sociedade atual, como foi sobejamente apontado por notáveis analistas. A primeira é feita pelos movimentos de libertação dos oprimidos. Ela diz: o núcleo desta sociedade não está construído sobre a vida, o bem comum, a participação e a solidariedade entre os humanos. O seu eixo estruturador está na economia de corte capitalista. Ela é um conjunto de poderes e instrumentos de criação de riqueza e aqui vem a sua característica básica mediante a depredação da natureza e a exploração dos seres humanos. A economia é a economia do crescimento ilimitado, no tempo mais rápido possível, com o mínimo de investimento e a máxima rentabilidade. Quem conseguir se manter nessa dinâmica e obedecer a essa lógica, acumulará e será rico, mesmo à custa de um permanente processo de exploração. Portanto, a economia orienta-se por um ideal de desenvolvimento material que melhor chamaríamos, simplesmente, de crescimento, que se coloca entre dois infinitos (...): o dos recursos naturais pressupostamente ilimitados e o do futuro indefinidamente aberto para frente. Para este tipo de economia do crescimento, a natureza é degradada à condição de um simples conjunto de recursos naturais, ou matéria-prima, disponível aos interesses humanos particulares. Os trabalhadores são considerados como recursos humanos ou, pior ainda, material humano, em função de uma meta de produção. Como se depreende, a visão é instrumental e mecanicista: pessoas, animais, plantas, minerais, enfim, todos os seres perdem os seus valores intrínsecos e sua autonomia relativa. São reduzidos a meros meios para um fim fixado subjetivamente pelo ser humano, que se considera o centro e o rei do universo. Leonardo Boff (Santa Catarina, 14 de dezembro de 1938, Filosofo e Teólogo), Ética da Vida, Ed. Vozes.