sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr-do-sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo... Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir: as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... r-o-t-i-n-a. Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque). Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte e marque com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente. Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.. . em outras palavras... V-I-V-A. Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado (a) com alguém disposto (a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.'

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

ENVELHECIMENTO: DESFAZENDO MITOS

O ano de 1999 foi declarado o Ano Internacional do Idoso. Naquele ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o seguinte tema para as comemorações do Dia Mundial da Saúde: "Envelhecimento ativo faz a diferença". Dessa forma a OMS estava reconhecendo que esta era a chave para que a população idosa permaneça desempenhando seu papel na sociedade. O envelhecimento ativo envolve diferentes dimensões de nossas vidas: física, mental, social e espiritual. "O envelhecimento é um privilégio e uma conquista da sociedade. É também, um desafio, o qual terá impacto sobre todos os aspectos da sociedade no século 21"(OMS, 1999). O envelhecimento é um processo natural e mesmo desejável, uma vez que a alternativa, que ninguém quer, é morrer jovem. Apesar de ser um fenômeno mundial, o envelhecimento ainda é cercado por muitos mitos que não têm nada a ver com a realidade. Foi para ajudar a desfazer esta confusão que, em 1999, a OMS publicou o documento "Envelhecimento: Desfazendo mitos", cujos aspectos principais passamos a reproduzir a seguir. Mito número 1: A maioria dos idosos vive em países desenvolvidos; De fato o que ocorre é o contrário. A maioria das pessoas idosas, mais de 60% delas, vive em países em desenvolvimento. Existem quase 600 milhões de pessoas idosas no mundo e mais da metade delas vivem em países em desenvolvimento. Por volta de 2020 existiraõ cerca de 1 bilhão de pessoas idosas. Mais de 700 milhões viverão em países em desenvolvimento. Mito número 2: Os idosos são todos iguais; Na verdade, os idosos constituem um grupo muito diversificado. Muitos idosos mantêm uma vida ativa e saudável, enquanto alguns menos idosos têm uma baixa qualidade de vida. A idade das pessoas depende de um grande número de fatores, incluindo gênero, etnia, cultura, se o idoso vive num país industrializado ou num país em desenvolvimento, se vive na cidade ou no campo. Estes e muitos outros fatores, inclusive a experiência individual, fazem com que as pessoas sejam cada vez mais diferentes entre si à medida que a idade avança. Mesmo no que diz respeito a características biológicas, dois jovens da mesma idade são muito mais parecidos entre si do que dois idosos. Mito número 3: Homens e mulheres envelhecem da mesma maneira; Homens e mulheres envelhecem de maneira diferente. Antes de tudo, mulheres vivem mais do que homens. Parte dessa vantagem feminina com respeito à expectativa de vida é biológica. Longe de ser o sexo frágil, elas parecem mais resistentes do que os homens em todas as idades, mais particularmente na infância. Também na vida adulta, as mulheres têm uma vantagem biológica. Por exemplo, pelo menos até a menopausa, seus hormônios as protegem contra o infarto do miocárdio. Mito número 4: Pessoas idosas são frágeis; Muito longe de serem frágeis, a grande maioria das pessoas idosas mantém-se fisicamente rígidas, mesmo nas idades mais avançadas. Da mesma forma continuam capazes de realizar as tarefas relacionadas às atividades da vida diária e são parte ativa da vida comunitária. A capacidade de nosso sistema biológico cresce durante os primeiros anos de vida até atingir seu ponto máximo no início da vida adulta e vai decaindo daí. A velocidade desse declínio é fortemente determinada por fatores externos relacionados ao estilo de vida do adulto, incluindo tabagismo, consumo de álcool, dieta e condiçòes sociais. Por exemplo, a declínio natural da função cardíaca pode ser acelerado pelo hábito de fumar. Mas a aceleração do declínio funcional determinado por fatores externos pode ser revertida em qualquer idade. Mito número 5: Pessoas idosas não têm nada a contribuir; Na verdade as pessoas idosas dão inúmeras contribuições às famílias, à sociedade e à economia. A visão convencional que perpetua este mito tende a focar a participação na força de trabalho e a redução dessa participação com o aumento da idade. Muitas vezes, assume-se que a redução da participação de pessoas idosas em trabalhos remunerados deve-se ao declínio da capacidade funcional associado com o envelhecimento. De fato, o declínio da capacidade funcional não significa de forma alguma incapacidade para o trabalho. Os requisitos físicos para muitos empregos têm sido reduzidos devido aos avanços tecnológicos. O fato de haver poucos idosos em trabalhos remunerados é mais freqüente devido a desvantagens das pessoas idosas com respeito à escolaridade e treinamento e, principalmente, devido ao preconceito existente. Mito número 6: Pessoas idosas são uma carga econômica para a sociedade; As pessoas idosas contribuem de inúmeras formas para o desenvolvimento de sua sociedade. Este mito talvez esteja sendo reforçado nos últimos tempos pelas dificuldades de muitos países em prover seguridade a um número cada vez maior de pessoas que alcançam idades avançadas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A FRASE DO ANO DO DR. DRÁUZIO VARELLA

"No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e em silicone para mulheres, do que na cura do Mal de Alzheimer. Assim, daqui a alguns anos, teremos velhas de seios grandes e velhos de pênis duro, mas eles não se lembrarão para que servem".

domingo, 11 de janeiro de 2009

MAÇONARIA - MITOS DA IGNORÂNCIA

De Marataíses Brazil No Brasil, praticamente o início da maçonaria se deu com a vinda da família Real em 1808, sendo D.Pedro I o seu primeiro grão mestre. A falta de conhecimento e de disposição para buscar os fundamentos de determinados fatos fazem com que muitas pessoas se deixem influenciar por opiniões completamente deturpadas à cerca desses fatos. É o que acontece em relação à maçonaria. Algumas religiões não aprovam os princípios maçônicos e alegam, inclusive, que a maçonaria é de origem satânica, e que os maçons pertencem ao demônio. Infelizmente muitos cristãos fazem coro com isso, pregando a mesma coisa, distribuindo materiais suspeitos com declarações suspeitas, promovendo com isso a intolerância e a desinformação. Não vou aqui falar sobre os fundamentos da maçonaria, pois qualquer um pode acessar o google e conhecer essa história. Mas tenho ouvido tantos absurdos serem disseminados que resolvi escrever este artigo. Estou ciente de que, como membro de uma igreja evangélica, corro o risco de ser rotulada de seguidora do demo, mas resolvi pagar o ônus pelo que aqui vou expor. Não entendo que a maçonaria seja uma sociedade secreta, pois tem loja em local conhecido de todos e não oculta sua existência. O tal segredo está nas cerimônias empregadas na admissão dos seus membros e os meios usados pelos maçons para se conhecerem. É aqui que a imaginação é prodigiosa. Pessoas vindas dos Estados Unidos que se estabeleceram em Santa Bárbara-SP, fundaram em 10 de setembro de 1871 a Igreja Batista de Santa Bárbara, a primeira Igreja Batista estabelecida em solo brasileiro, com o Pastor Richard Ratcliff. Na mesma localidade, em 1874, foi fundada a loja maçônica George Washington, e pelo menos cinco fundadores da loja também foram fundadores da Primeira Igreja, entre eles o Pastor Robert Porter Thomas. O Pastor Thomas foi interino por diversas vezes tanto na Primeira Igreja quanto na Igreja da Estação (Segunda), fundada em 02 de novembro de 1879. Seu pastorado nas duas igrejas durou cerca de 25 anos de profícuo trabalho. O primeiro pastor batista brasileiro, Antonio Teixeira de Albuquerque, foi batizado pelo Pr.Thomas, que era maçom, e consagrado ao Ministério da Palavra no salão da loja maçônica. O missionário Salomão Luiz Ginsburg, maçom, membro de diversas lojas maçônicas na Bahia, Pernambuco, Rio e Espírito Santo, editor do Cantor Cristão, fundou a Primeira Igreja Batista na cidade de São Fidelis-RJ e, em 1902, o Seminário Teológico Batista do Norte. Pastor José Souza Marques, presidente da Convenção Batista Carioca e da Convenção Batista Brasileira, cujos frutos todos conhecem, exerceu diversos cargos na maçonaria e foi, por muito tempo, presidente do supremo tribunal de justiça maçônica. Bento Gonçalves, Isaac Newton,José Bonifácio, Duque de Caxias, Pastor Martin Luther King Júnior, Rui Barbosa, Thomas Edison, Mozart e Voltaire foram maçons, você sabia? Em Marataízes, vou citar o nome de dois maçons que conheci ainda criança e que posso testemunhar do incansável trabalho de divulgar o Evangelho de Jesus: Demétrio Machado, farmacêutico que residia próximo a minha casa, e o Reverendo José Gomes Coelho, da Primeira Igreja Presbiteriana da Barra, de quem por várias vezes ouvi da Palavra. Foram homens que deixaram um legado incontestável de serviço e obediência aos ensinamentos de Deus. Alguém que os tenha conhecido, em sã consciência, pode contestar o que aqui estou falando? Portanto, quando ouvir historinhas que maçom corta a cabeça de bode e bebe o sangue, que usam uma capa preta ou uma armadura de metal para duelar com o capeta, procure, no mínimo, informar-se melhor. Você pode ou não ser maçom, a escolha é sua. O que você não pode é sucumbir a declarações de pessoas que nada conhecem ou que se deixam impregnar por opiniões alheias. E lembre-se: Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus. Livros que foram pesquisados para este texto: - A História dos Batistas no Brasil – JUERP - A Maçonaria e a Igreja Cristã – Carlos Eduardo Pereira - História dos Batistas Fluminenses- Ebenezer Soares Ferreira - Um Judeu Errante no Brasil- Salomão Luiz Ginsburg