quinta-feira, 15 de abril de 2010

LEMBRANÇAS DO CABO

Por Valeria Saraiva
Cabo, 18/07/1997


Terra de grandes paixões
De grandes ilusões
Terra que Pinzon chamou de
Santa Maria De La Consolación.
Terra, onde o tempo deixa cada vez mais bela a natureza.
Paisagens que o temo não destruiu,
Histórias que o tempo construiu
Com sangue em Pirapama próximo ao rio.
Um grito abafado com fogo e dor,
Uma história contada por um povo, que aqui morou,

Se a queimadura já cicatrizou
Não desperte Xaréu o vulcão da dor.
Paiva há de se queimar também,
Ou então Gaibu com seu mangue quase nu,
Menos nu do que Suape que perdeu um belo cobertor de mangue.
Mas ainda assim é grande, o amor dos pescadores por essa praia.
E os turistas admiram todo o complexo até o que não tem nexo
Mas há de ser bonito e fotogênico.

O reboliço mexe com o nexo da poesia,
mas há de Pirapama ser um dia,
dos mais belos rios de Pernambuco.
Sabe-se que está poluído,
Mas sabe-se que de sua barragem parte uma bela paisagem
Que se quebra entre rochas e lixos.

O Cabo tem história em Nazaré, o castelo, o farol, a igreja e o convento
Tem um forte em Gaibu que se escondeu com o tempo.
Escondeu-se na memória e quem esqueceu, agora lembrou.
O Cabo também tem gente que muito o amou.

Valéria Cristina Saraiva Lins é poetisa com foco nas contextualizações estereotipadas pelos reflexos intrínsecos, próprios da alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário