quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

RÉU

Nelino Azevedo Quero estar preso em mim hermeticamente fechado habitando meus mundos domesticando meus pesadelos desfazendo e tecendo minhas ilusões como um eterno Sísifo. Sou meu próprio deus mas perdi a fé -talvez nunca a tive Sou apenas um ateu de mim mesmo enjaulado em mim mesmo engessado nas fardas da minha própria voz fisgado pelo anzol da desesperança. Sou réu nesse mundaréu de deuses e re(i)ses sem nenhuma razão e sem nenhuma utopia mas com a única certeza de que a humanidade é a mãe de todos os males. *Nelino Azevedo é o presidente da Academia Cabense de Letras.

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