sexta-feira, 25 de maio de 2012

O QUE É A MAÇONARIA?

Várias respostas tem sido dadas a essa pergunta. Uma das definições muito usadas diz que "A Ordem Maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos, que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viverem em perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, e estimulando-se uns aos outros na prática das virtudes". Outra bem simples diz que "É um sistema de moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos". A oficial diz que "A Maçonaria é uma Instituição essencialmente iniciática, filosófica, educativa, filantrópica e progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da Humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. Seus fins supremos são: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade".    

A partir daí outras variantes existem para se conceituar a Maçonaria. Nicola Aslan citando Luiz Umbert Santos, autor de "El Ara de los juramentos masónicos", diz: "A Maçonaria, meus Irmãos, é estudo, estudo e estudo... . Os Maçons têm o dever de estudar para estarem em condição de investigar a Verdade e aprofundar os mistérios de nossa augusta Instituição...".      

Essa Instituição a que pertencemos, e por pertencermos a ela somos chamados de maçons, tem uma gama de possibilidade de realizar o homem dentro de um conceito teísta, que nos leva a crer num Ser superior, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus e que, dentro de uma visão universalista, é capaz de abrigar todos os homens livres e de bons costumes.        

Mas, a Maçonaria é única no mundo enquanto estratégia de ação?       

Sabemos que a Maçonaria enquanto princípio, filosofia e ideário é uma só; mas enquanto estratégia de ação é multifacetada.
João Nery Guimarães no prefácio da obra que traduziu de Johann Gottlieb Fichte - FILOSOFIA DA MAÇONARIA - diz que: "Para se entender a Maçonaria, através de seus escritores, é preciso inicialmente compreender que, basicamente, existem três maçonarias: a inglesa, de cunho nitidamente tradicionalista, observadora rigorosa de rituais, imutável nas suas formas consagradas pelo correr de três séculos, e que, transportada para os países de formação e língua inglesa, manteve a mesma índole praxista em sua vida íntima e o mesmo comportamento perante o mundo não maçônico; a francesa, que embora de origem britânica, cedo sofreu profundas alterações, ditadas pelas condições do meio em que se desenvolveu, adquirindo uma feição intensamente latina, e que se espalhou pelo mundo e se tornou conhecida principalmente pela sua ação política, social e religiosa, e à qual estão filiadas espiritualmente a Maçonaria brasileira, a portuguesa, a italiana, a espanhola, a romena, e as de todos os países hispano-americanos; e por último, a alemã, também de procedência inglesa, mas que sofreu a marca do espírito germânico, mais propenso às especulações metafísicas".        

Ele ainda diz que: "... A Maçonaria é uma instituição universal, com pontos comuns e idênticos em qualquer país onde viceja e daí a convicção que têm os seus adeptos de constituírem uma vasta irmandade sobre a face da Terra".   

Eis o esboço que mostra o esquema relacional no qual está constituída a Maçonaria, cuja complexidade somente pode ser vista dentro deste conceito de multiplicidade, a partir da sua conceituação e passando por sua estratégia de ação.
Eduardo Gomes de Souza - Grão-Mestre Adjunto do GOERJ.

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