Por DOUGLAS MENEZES
Não sei te dizer palavras de efeito lírico
Muito menos flores te jogar.
Não ouso te desvendar segredos,
Pois o mistério guardado a sete chaves
É a porta desse encanto sem fim.
Só sei, mulher, que o meu verso sem graça nenhuma
Cheio de protesto, angústia e dor,
Ganha a dimensão de um poema épico,
Quando te encontro na rua, em casa, no trabalho, no mundo, na vida.
E nas palavras que antes pareciam fúteis.
És símbolo de uma verdade eterna,
És essência porque dás a vida.
A poesia sem ti não tem valor de arte,
São apenas sons sem sentido certo,
São coisas somente.
Eu te agradeço, então, mulher,
Pelo sorriso sempre tão claro,
Por este rosto bem iluminado.
E num mundo onde as rosas quase todas morreram,
Onde o amor é sofrimento só e dor,
Eu descubro as estrelas do céu,
E as acho bonitas.
Não porque sejam belas em si mesmas
Mas porque são femininas.
Douglas Menezes é da Academia Cabense de Letras
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