Theo Silva
(1943)
Eu gosto de ver você passar, de volta da matriz,
Pálida e linda...
Religiosamente concentrada ainda,
Na felicidade que pediu a Deus:
Trazendo um cheiro de incenso e rosas de Maria.
Como é bonita você sem artifícios,
Toda meiguice, toda virtude,
Como se fosse a mística Eucaristia...
Mas, à tarde,
Quando vejo você fora de toda santidade,
Toda perfume, toda mulher, toda orgulhosa,
Foge de mim essa falsa obsessão
E vibra na minh’alma
O grito sacrílego da profanação...
Porque seu vivo olhar é um incêndio indominado,
Desprendendo centelhas de desejos,
Das labaredas do amor que tem seu corpo,
Esse castelo de sonho e de pecado...
(1943)
Eu gosto de ver você passar, de volta da matriz,
Pálida e linda...
Religiosamente concentrada ainda,
Na felicidade que pediu a Deus:
Trazendo um cheiro de incenso e rosas de Maria.
Como é bonita você sem artifícios,
Toda meiguice, toda virtude,
Como se fosse a mística Eucaristia...
Mas, à tarde,
Quando vejo você fora de toda santidade,
Toda perfume, toda mulher, toda orgulhosa,
Foge de mim essa falsa obsessão
E vibra na minh’alma
O grito sacrílego da profanação...
Porque seu vivo olhar é um incêndio indominado,
Desprendendo centelhas de desejos,
Das labaredas do amor que tem seu corpo,
Esse castelo de sonho e de pecado...
Théo Silva é o patrono da Cadeira nº 10 da Academia Cabense de Letras.
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