Autor de “A minha alma é irmã de Deus”, vencedor do Prêmio São Paulo 2010:
“É verdade, todo escritor tem uma má influência. Ou seja, um autor, um escritor, que mesmo sendo genial interfere de modo significativo na vida de um iniciante. No meu caso, a má influência veio – e vem – de João Guimarães Rosa. Cheguei a escrever um livro inteiro de contos – chamava-se ‘O domador de espelhos’ – que foi enviado à Editora Civilização Brasileira por um amigo consagrado, cujo nome prefiro esconder. Ênio Silveira, o editor, recusou-o, alegando exatamente isso: é uma imitação estúpida de Guimarães Rosa e nada mais. Tinha razão. Tive que esquecer o criador de ‘Grande sertão: veredas’ por muito anos. E, ainda hoje, guardo distância. Basta lê-lo numa manhã e à tarde já estou repetindo todos os seus cacoetes. Vade retro, mineiro!”
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