Por Valéria Saraiva, abril de 1995.
Natureza virgem e pura
Que o homem não ouse te tocar
E que ele não lhe faça sofrer
Como faz a tantos dos teus filhos.
Ó, mais bela de todas as belezas,
Que habita a água das cascatas
E vê o orvalho nas folhas das tulipas.
Ouve este canto que os passarinhos tentam cantar.
Que canto é este tão branco
Que pela selva de espanto
Vem o fogo calar?
É o canto das andorinhas
Que nesta selva de espanto
Vêem seus filhos queimar.
É um canto de pranto,
É um canto de dor,
Vendo a vida morrendo,
Vendo o fogo matando,
Vê seus filhos chorando,
Vê o pranto correndo.
Que canto é este que trás
Tão triste melodia?
Ó deusa do amor,
Ouve este canto de dor,
Cala este canto
Como calaste tantos
De alguns filhos que nem chegaram a viver.
Acende uma luz em meio à escuridão
E chora mais uma vez a última andorinha.
Valéria Saraiva é enfermeira, pós-graduada em Saúde da Família, poetisa, cabense de coração que adotou nossa cidade com uma visão crítica e precisa dos avanços e retrocessos impostos à sociedade.
João, o link do Woodstock mudou, o que esta na sua lista de blogs não funciona mais.
ResponderExcluirNovo link: www.musica-quemudouomundo.blogspot.com
Obrigado,forte abraço.