Por João Sávio
Tudo começa nos idos de 2001 quando um grupo de vereadores da Casa Vicente Mendes, estando em Brasília para cumprir uma pauta em defesa da cidade, acrescentou mais um item a agenda, com uma visita de cortesia a Embaixada da Espanha no Brasil. Nunca imaginariam que naquele momento, estariam fazendo história, ou melhor, dando importantíssimo passo no resgate histórico da visita dos espanhóis ao Brasil, capitaneados por Vicente Yáñez Pinzón, três meses antes do descobrimento oficial do Brasil, em 22 de abril de 1500 por Pedro Álvares Cabral.
Tudo começa nos idos de 2001 quando um grupo de vereadores da Casa Vicente Mendes, estando em Brasília para cumprir uma pauta em defesa da cidade, acrescentou mais um item a agenda, com uma visita de cortesia a Embaixada da Espanha no Brasil. Nunca imaginariam que naquele momento, estariam fazendo história, ou melhor, dando importantíssimo passo no resgate histórico da visita dos espanhóis ao Brasil, capitaneados por Vicente Yáñez Pinzón, três meses antes do descobrimento oficial do Brasil, em 22 de abril de 1500 por Pedro Álvares Cabral.
O
embaixador Cesar Alba Fuster que cordialmente recebeu a delegação cabense,
mostrou-se inconformado com o fato do Cabo de Santo Agostinho está
"passando batido", com uma história tão bela e que embora na Espanha, já
fosse voz corrente, no Brasil, pouco se falava no assunto. Os vereadores deflagraram,
naquele momento, o compromisso de usar todos os meios para a divulgação dos
fatos históricos, até então, acanhados. Noutra reunião, com o adido cultural da
Espanha no Brasil, Cesar Cell os vereadores traçaram os planos de um possível
Intercâmbio Cultural entre o Cabo de Santo Agostinho e Palos de la Frontera,
terra de Pinzón. Desse dia em diante, tratou-se de apresentar diversos projetos
à Câmara de Vereadores do Cabo, correlacionados ao fato, entre eles: O dia
municipal da nacionalidade hispânico/brasileira, a ser comemorado no dia 26 de
janeiro com um feriado municipal, dia da chegada de Vicente Pinzón ao Brasil. A
praça da Estação passou a ser chamada de Praça Vicente Pinzón, a implantação de
Monumento alusivo a descoberta do Brasil pelos espanhóis, colocado em frente a antiga
Petroflex, a Resolução criando a Sala das Sessões Santa Maria de la Consolación
(primeiro nome do Cabo dado por Pinzón), a denominação de Av. Vicente Pinzón na
artéria principal da Cidade Garapu, a introdução da história de Vicente Pinzón
na grade currícular das escolas do município, a 1ª Missão Cultural de Visita a Espanha
(Palos de La Frontera), com exposição cabense na Espanha e onde inaugurou-se a
Rua Cabo de Santo Agostinho, com a presença das autoridades espanholas e
cabenses, alem muitos outros projetos correlatos.
O que certamente tem
que ser exaltado, é que esse fato foi encarado pelo enfoque político, passando
a ser visto como uma história com "dono", e isso, prejudicou enormemente
a cidade do Cabo de Santo Agostinho, a qual passou a perder todos os belos
dividendos que poderiam advir dessa realidade, já defendida por vários
historiadores, como: Luiz Lacerda, Pereira da Costa, Flávio Guerra, Hilton Sette,
Luiz Isquierda e tantos outros, inclusive, sendo fato líquido e certo colocado
pela Enciclopédia Britannica e Wikipédia. A verdade é absoluta e não
merecia ter tido o tratamento que teve, tentando-se jogá-la ao esquecimento.
Mas, a memória do povo não é curta e certamente, novos ventos soprarão e as
caravelas Santa Maria, Niña e Fraila navegarão a um horizonte de reconhecimento,
esperança e prosperidade.
PARABÉNS
AO CABO DE SANTO AGOSTINHO PELO 26 DE JANEIRO!João Sávio Sampaio Saraiva é da Academia Cabense de Letras.